O SUS e seu legado à saúde pública da população brasileira
Por Ademir Medina
Em meio à maior crise econômica e de saúde pública causada pela pandemia de Coronavírus, a sociedade tem manifestado seu reconhecimento pela dedicação dos profissionais de saúde, em todo o mundo. E no Brasil não é diferente. O SUS (Sistema Único de Saúde) e seus colaboradores têm sido fundamentais para evitar uma catástrofe ainda maior aos cidadãos brasileiros.
Em um País em que o sistema público de saúde contempla mais de 190 milhões de cidadãos, onde cerca de 80% da população depende de seus serviços, o SUS tem mostrado, dia a dia, sua força operacional e pragmática. De forma emergencial, provou sua flexibilidade e rápida adaptação às demandas, através da construção de hospitais de campanha, treinamento de profissionais para atuação na linha de frente, abertura de vagas para recrutar novos profissionais, expansão de leitos e compras de recursos, como respiradores e insumos.
Na iniciativa privada, por exemplo, o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), embora ampliado, foi passível de lotação em curto espaço de tempo, sendo preciso estar alinhado ao SUS para organizar a capacidade de assistência ao paciente.
Nesse sentido, é importante entender o papel do SUS, que abrange desde o simples atendimento para a avaliação da pressão arterial, por meio da chamada Atenção Primária, até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do País. Neste cenário, entra a parceria do Poder Público com o CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”.
Posso afirmar, com convicção, que o CEJAM tem cumprido o seu propósito de transformar a vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde. Tanto que, em 2021, completa 30 anos de existência orgulhoso de sua trajetória até aqui.
Hoje responsável pela gestão de mais de 120 unidades e serviços de saúde em 14 municípios e com mais de 16 mil colaboradores, a Instituição tem se destacado por sua atuação em todos os níveis de atenção à saúde: primária, especializada, urgência e emergência e gestão hospitalar.
Vale destacar os esforços que têm sido feitos pelos governos municipais no sentido de acudir em tempo seus munícipes. A cidade de São Paulo dá um bom exemplo de que é possível, através do fortalecimento da Atenção Básica, fornecer uma melhor assistência, inclusive, ampliando em seus territórios estratégias de implantação de leitos em seus ambulatórios.
Por fim, gostaria de exaltar ainda que a parceria entre as Organizações Sociais e o Poder Público imprime, inclusive, o fortalecimento do SUS. Exemplo disso se concretiza nas unidades geridas pelo CEJAM, que possui certificações, incluindo seis acreditações ONA (Organização Nacional de Acreditação). E assim seguiremos, juntos, enfrentando, da melhor forma possível, este delicado momento e tantos outros que poderão surgir, com respeito à população e focados em uma saúde de qualidade. Vamos em frente!
*Ademir Medina é CEO do Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (CEJAM).