Parceria pretende ampliar automação da gestão clínica no Brasil
A necessidade de acelerar a digitalização da gestão hospitalar e combater o desperdício de recursos no setor levou a Seal Sistemas a anunciar uma nova parceria com a med.driven [processing+analytics], healthtech fundada em 2018 com foco no processamento e na análise de dados. A movimentação busca oferecer uma resposta efetiva à demanda por automação da gestão clínica no mercado nacional, utilizando diversas tecnologias para mensurar e aprimorar o nível de serviços e segurança aos pacientes. O objetivo é ajudar as lideranças executivas dos hospitais na tomada de decisão, na redução de custos e na ampliação da eficiência operacional.
Para projetos de automação da gestão clínica, a Seal Sistemas implementará sensores baseados em IoT (internet das coisas), como beacons, RTLS (real time location systems) e RFID (identificação por radiofrequência), além de câmeras inteligentes e middlewares, softwares que realizam a integração com os sistemas já utilizados pelos hospitais.
Já a med.driven conta com um software especialista e ferramentas de data analytics e IA dedicadas a automatizar a gestão de processos hospitalares, incorporando a interação homem-máquina em processos repetitivos e propensos a erros. Seu portfólio é capaz de transformar dados em informações e insights únicos, empoderando a liderança hospitalar com a capacidade de tomar decisões mais ágeis e precisas, baseadas em evidências.
“A nossa parceria com a med.driven gera uma proposta de valor inédita e baseada em tecnologias avançadas para a automação de processos de ponta a ponta e a coleta e análise de dados, o que nos dá muita confiança para entregar o que existe de melhor em automação para hospitais e toda a cadeia produtiva do mercado de saúde”, diz Carlos Santana, head da unidade de negócios IoT da Seal Sistemas. “Juntos utilizaremos a nossa experiência na coleta e no processamento de dados estratégicos para ajudar o segmento a proporcionar um sistema mais justo e eficiente, que entrega mais e melhor para todas as pessoas”, destaca.
Todas estas tecnologias, além de dar apoio ao staff clínico, dentro de uma tendência de otimização e melhor gestão dos recursos dos hospitais, permitem trazer visibilidade e monitoramento dos ativos que circulam no ambiente hospitalar – tais como macas portáteis e equipamentos de diagnóstico e tratamento, por exemplo. Isso será feito por meio da captura de dados como localização, tempo de permanência em cada área, ociosidade e departamentos que mais requisitam o manuseio. Dessa forma, será possível garantir que os ativos estejam disponíveis inclusive em momentos críticos, principalmente para emergências, evitando a ineficiência logística e otimizando os investimentos na fluidez dos processos.
“A parceria com um player tão reconhecido como a Seal Sistemas agrega valor a essa corrida do setor de saúde por maior eficiência operacional, integrando a gestão da assistência ao gerenciamento de custos para obter melhores resultados para hospitais e pacientes. A aplicação da tecnologia em suas diferentes formas, da inteligência artificial (IA) ao blockchain, tem o poder de transformar o tratamento de doenças, empoderar o paciente, reduzir os erros diagnósticos, diminuir o custo dos cuidados médicos e aumentar a sua eficácia”, explica João Marcelo Alves, CEO da med.driven.
Iniciativas como a da Seal Sistemas e da med.driven são passos importantes em direção à solução de gargalos do setor. Dados do mercado privado de saúde nos EUA estimam uma perda anual de US$ 755 bilhões – ou cerca de 41% do gasto total dos hospitais particulares americanos. Isso é causado por três grandes fatores: complexidade administrativa, tratamentos desnecessários e falhas na prestação do cuidado com o paciente. Em uma comparação com o gasto total em saúde nos EUA em 2016, de aproximadamente US$ 3,4 trilhões, é possível estimar que os hospitais privados brasileiros desperdiçam anualmente ao menos US$ 40 bilhões de um total de US$ 180 bilhões aplicados no setor.