Luvas e máscaras descartáveis quadruplicam valor
As máscaras descartáveis e as luvas de procedimento quadruplicaram de valor desde o início da pandemia do novo coronavírus, revela um levantamento inédito da Bionexo, healthtech em gestão de saúde no País. No período entre janeiro do ano passado e janeiro desde ano, o preço médio da unidade da máscara descartável passou de R$ 0,10 para R$ 0,50 (+ 400%), enquanto as luvas de procedimento subiram de R$ 0,16 para R$ 0,86 (+ 412,50%). Na última quinta-feira (25/02), o primeiro caso da doença registrado oficialmente completou um ano no Brasil.
Outros itens como Avental descartável (unidade) e álcool em gel (800ml) também apresentaram altas. No caso do avental, o preço subiu de R$ 1,64 para R$ 3,67 (+ 123,78%). O álcool em gel, por sua vez, passou de R$ 10,90 para R$ 13,86 (+ 27,16%). Os dados foram compilados a partir da base de dados da multinacional brasileira Bionexo, que conecta mais de dois mil hospitais e outras instituições do setor a mais de 20 mil fornecedores de medicamentos e suprimentos hospitalares no Brasil, Argentina, Colômbia e México.
“Os insumos hospitalares básicos tiveram um choque de demanda e restrição na oferta no início da pandemia, o que elevou exponencialmente o valor no mercado. Adicionalmente, os preços de luva continuam aumentando e tomaram uma curva agressiva de crescimento no último trimestre. Por outro lado, tivemos uma queda relevante no preço médio dos itens básicos no início do segundo semestre de 2020, e a partir daí os preços mantiveram uma estabilidade até agora, porém com preços em patamares superiores quando comparados ao início da pandemia”, destaca Rafael Barbosa, CEO da Bionexo.
Nesse cenário, o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador mensal criado pela Fipe em parceria com a Bionexo, registrou uma alta de 15,57% no período, com destaque para os medicamentos relacionados ao sistema digestivo e nutrição (+76,16%), sistema nervoso (+52,55%) e cardiovascular (+46,98%). Tais grupos incluem medicamentos usados pelos hospitais em casos graves relacionados à Covid-19, como propofol (anestésico), fentanila (analgésico) e omeprazol (distúrbios gastrointestinais).