Pesquisa busca modelo preditivo da erradicação do câncer de colo do útero

Para avaliar quando o Brasil poderá cumprir as metas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para erradicar o câncer de colo do útero, o Hospital Moinhos de Vento firmou uma parceria com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), que integra a entidade global. Serão utilizados dados de três estudos nacionais realizados pelo Moinhos em parceria com o Ministério da Saúde, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). O trabalho epidemiológico iniciou em 2015, é realizado com usuários do SUS de todo o Brasil e busca avaliar o impacto da infecção pelo HPV — que pode progredir para o câncer —, além de servir de base para as estratégias nacionais de vacinação e prevenção.

“Com essas informações, vamos gerar um modelo preditivo da erradicação do câncer de colo uterino, tendo mais precisão para determinar quando o país alcançará as metas da OMS”, explica a médica epidemiologista Eliana Wendland, do Hospital Moinhos. Ela acrescenta que os dados do país serão utilizados também como modelo para a América Latina. O trabalho tem ainda a participação do Instituto Catalão de Oncologia, de Barcelona, Espanha.

Foi coletado material de mais de 7 mil jovens atendidos em 119 unidades básicas de saúde do país

Em 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu metas para a eliminação do câncer de colo do útero. A doença mata mais de 300 mil mulheres por ano no mundo. Por meio da vacinação contra o HPV, rastreio e tratamento de lesões cancerosas e manejo do câncer cervical invasivo, a entidade projeta, até 2030, que 90% das meninas de até 15 anos sejam imunizadas; que 90% das mulheres com o tumor recebam tratamento; e que a cobertura de triagem com teste de alto desempenho seja de 70%. A estimativa é de que, nos próximos 20 anos, a Austrália deva ser o primeiro país a eliminar o câncer de colo uterino.

Projetos PROADI-SUS

Desde 2015, o Hospital Moinhos de Vento, em parceria com o Ministério da Saúde, lidera um trabalho epidemiológico nacional sobre o HPV, por meio do PROADI-SUS. A iniciativa busca avaliar o impacto da infecção pelo papilomavírus humano em três estudos: POP-Brasil (avalia a prevalência de HPV nacionalmente, monitorando o impacto da vacinação), SMESH (avalia a prevalência de HPV em populações de alto risco) e STOP-HPV (avalia a associação de HPV e câncer de cabeça e pescoço).

Em 2020, o estudo POP-Brasil mostrou que o HPV atinge igualmente todas as classes sociais no país. Os dados mostram prevalência da infecção em 51% da classe A-B, 53% da classe C e 55% da classe D-E. “Resultados como esses são importantes para o direcionamento de ações em saúde, sendo fundamental que campanhas de prevenção consigam atingir a todas as classes sociais e raças”, ressalta Eliana Wendland, responsável técnica do projeto.

O superintendente de Responsabilidade Social do Hospital Moinhos, Luis Eduardo Mariath, destaca a importância desse trabalho para que o Brasil avance na eliminação do tumor. “Nenhuma outra nação da América Latina tem essa mesma quantidade e qualidade de dados sobre o HPV. Com essa parceria, estamos dando um grande passo para estabelecer os caminhos na direção de cumprir as metas da OMS — e reforçamos o papel do Moinhos de Vento na contribuição de uma saúde melhor para todos, em todo o país”, afirma.

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