Vera Cruz Hospital inaugura serviço focado em Atenção Primária à Saúde
O Vera Cruz Hospital inaugurou um novo serviço: espaço Vera Cruz Cuidado Integrado, focado no programa de Atenção Primária à Saúde (APS), trazendo a figura do médico de família na saúde suplementar. “O médico de família é capaz de resolver até 92% dos problemas de saúde. Junto com uma equipe multiprofissional, realiza um plano terapêutico personalizado para cada paciente. A diferença da equipe da Atenção Primária é que ela retira a doença do centro do cuidado e coloca a pessoa, dando atenção ao que importa para adquirir uma vida saudável e feliz. Por isso, construímos um projeto que eleva o nível da saúde, agregando valor, promovendo acesso e zelando pelo pioneirismo na inovação”, explica Daniela Zilioli Ávila Osório, Gestora de Inovação, Valor e Acesso.
Segundo a gestora, a equipe é composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e apoio administrativo e vai cuidar desde a infância até a idade adulta, por meio de uma relação duradoura e de confiança. “A ideia é permitir que a pessoa cresça e se desenvolva sob os nossos cuidados, fortalecendo o vínculo conosco. Vamos promover saúde e prevenir doença. Não estamos mudando o modelo de saúde, mas transcendendo a capacidade de cuidado com excelência”, afirma Daniela. Ainda de acordo com ela, 50% das causas de doenças são oriundas dos hábitos de vida, por isso, o programa conta com uma equipe multiprofissional, capaz de cuidar da saúde de forma geral. “Por isso, é tão importante pensar em um programa de Atenção Primária à Saúde”, completa.
Para a Gestora Médica do serviço, Natália Saraceni, a atenção primária é essencial, pois cria um elo de confiança entre o paciente e a equipe médica. “Vivemos um modelo de saúde em que o paciente é visto de forma fragmentada por sistemas, por exemplo: endócrino, gastrointestinal, cardiovascular e outros, sendo que tudo está interligado e vários outros fatores contribuem para promoção da saúde. Nosso papel é investigar não só o histórico clínico, como o contexto social, psicológico e familiar desse paciente para entender como está a sua saúde e não somente tratar a doença. Em conjunto com os setores secundários (especialidades clínicas e cirúrgicas) e terciários (hospital), vamos buscar soluções, apoio e tratamento que conversem entre si”, explica a médica.
“Precisamos fortalecer as ações de promoção à saúde e também a prevenção das complicações secundárias às doenças crônicas. Mais do que a genética, o que predispõe ou agrava a doença é o estilo de vida, como hábitos e comportamentos socialmente adquiridos. Precisamos cuidar integralmente das pessoas e não apenas de suas queixas pontuais, e garantir que se tiverem problemas crônicos, eles não evoluam de forma desfavorável à saúde global”, completa a médica de Atenção Primária à Saúde e Sanitarista Rosalía Matera.
A pandemia da Covid-19, segundo a especialista, prova ainda mais a importância do médico da família e da comunidade. “Nosso trabalho é baseado em escuta, humanização e acolhimento. Esse é o diferencial e para isso somos capacitados. Para tratar pessoas é necessário avaliar o seu contexto social, suas necessidades psicológicas e a dinâmica familiar desse indivíduo, afinal, são grandes os impactos dos pensamentos e emoções na saúde física. Na pandemia, acompanhamos muitas pessoas adoecerem por estarem vivendo confinadas, isoladas e por medo da doença. Nosso papel é intervir promovendo um suporte seguro para esse paciente”, completa a especialista, que é PhD em Gerontologia e Geriatria.
“Neste modelo, equipes multidisciplinares lideradas por médicos de família são responsáveis pela coordenação do cuidado de um grupo de pacientes, fazendo com que o beneficiário seja sempre acompanhado pelos mesmos profissionais. Isto contribui para a criação de vínculo e melhora o entendimento da qualidade de vida, refletindo nos indicadores de saúde”, afirma o diretor presidente do Vera Cruz Hospital, Erickson Blun. “O avanço de novas tecnologias, o envelhecimento e a mudança do perfil epidemiológico da população nos levaram a um modelo mais sustentável de saúde e sem prejuízo à segurança do paciente”, completa.
Entre as principais funções do médico da família e da equipe de saúde estão: redução dos riscos de automedicação e autodiagnóstico, olhar integrado sobre o paciente, avaliando o contexto social e familiar, além de redução da necessidade de encaminhamentos desnecessários para exames de alta complexidade, especialistas e internação hospitalar. “Precisamos de uma mudança de cultura. Esta relação duradoura é de extrema importância, pois é necessário entender o contexto pessoal do paciente para promover saúde e tratar muitas doenças. Num acompanhamento hospitalar ou ambulatorial fragmentado, grande parte do contexto da pessoa se perde prejudicando o tratamento de doenças. Já nesse modelo de atendimento, o paciente está no centro do cuidado”, completa Daniela.
O novo programa vai mapear pacientes e estabelecer uma linha de cuidado específica, com protocolos de atenção à saúde e prevenção de doenças. Também irá monitorar a jornada do paciente dentro do sistema de saúde, pois contará com a ajuda de um sistema de informação integrado entre a Atenção Primária, Atenção Secundária (clínicas, laboratórios e exames de imagens) e Atenção Terciária (hospitais). Com a integração do sistema de informação, tanto os profissionais da Atenção Primária quanto os profissionais das clínicas e hospitais, poderão acessar informações importantes para agilizar tratamentos e evitar procedimentos desnecessários ou internações por falta de informações. Haverá ainda uma Central de Atendimento, 24 horas por dia, 7 dias por semana, capaz de auxiliar qualquer dúvida do paciente.