Pesquisa mostra uso de ações de marketing por médicos
Mais da metade dos profissionais de saúde não fazem ações de marketing. A conclusão consta na pesquisa realizada pela Livance, startup de consultórios médicos de alto padrão, para entender as estratégias de divulgação no setor e seus resultados. A análise apontou que 55% dos médicos ainda não fazem investimento em marketing. Para boa parte dos pesquisados, a maior dificuldade é a falta de conhecimento na área (40%). Contudo houve um crescimento de 60%, em relação a 2019, no número dos pesquisados que passaram a adotar estratégias de marketing. A pesquisa contou com as respostas de 155 profissionais da saúde.
Outro dado do estudo aponta que grande parte dos médicos não contam com a ajuda de uma agência especializada. 46,7% recebem ajuda de amigos para fazer as ações; 21,3% dos profissionais fazem cursos on-line para se aprimorar. Apenas 10,7% buscam por agências.
Entre os meios de divulgação, o Instagram é o preferido dos profissionais com 53,6% de adesão, seguidos por Site (39,3%), Google Ad (27,4%), Facebook (27,4%) e a plataforma Doctoralia (15,5%). Dos entrevistados, 62% estão satisfeitos com os resultados obtidos. A pesquisa também revelou que quem possui uma estratégia perene de marketing atende em média 147% mais.
A partir dos resultados, a empresa pretende auxiliar os profissionais de saúde que queiram investir em marketing e comunicação sem infringir as diretrizes do CRM/CFM.
Modelo Pay Per Use
Para Claudio Mifano, CEO e um dos fundadores da Livance, juntamente com os sócios Fábio Soccol e Gustavo Machado, embora esteja no centro da questão do Covid-19, o setor da Saúde também vem sofrendo bastante devido a pandemia, já que a grande maioria dos profissionais possuem receitas variáveis, e parte significativa de clínicas e hospitais ainda possuem restrições para consultas eletivas, fazendo com que profissionais da saúde fiquem sem ambiente de atendimento e com escassez de pacientes. “Diante de um cenário em que os custos fixos são um problema ainda maior, o nosso modelo de negócio faz ainda mais sentido”, ressalta.
No modelo pay per use, os profissionais pagam de acordo com o tempo de uso do consultório, sem custos fixos altos ou aluguel por período. “A nova geração já quer ter um local para usar e pagar só quando tiver algum atendimento. Temos visto também profissionais mais experientes questionando seu consultório próprio e migrando para nossa solução”, conta Mifano.
Dois anos após ao lançamento da startup, a Livance conta com 7 unidades em funcionamento em São Paulo, 6 na capital e 1 em Campinas, e atende mais de 1.100 profissionais de 45 especialidades.