Perspectivas para a saúde 5.0 e o papel das autogestões
A UNIDAS e a Fundação Dom Cabral (FDC) realizaram um debate sobre as perspectivas estratégicas para a saúde 5.0. O evento contou com a participação do professor Paulo Vicente e da gerente de projetos Marisa Delfino, ambos da FDC, além do diretor de integração da UNIDAS, Werner Dalla. O executivo falou sobre o propósito da entidade e o papel das autogestões. “A UNIDAS tem como objetivo fomentar o desenvolvimento das autogestões e fortalecer esse modelo no Brasil. Nós entendemos que a autogestão é o melhor modelo de saúde suplementar que teremos no futuro. Mas a autogestão de agora é a mesma do futuro? A ideia é preparar as organizações para isso”.
O diretor também apresentou os pilares das perspectivas estratégicas, que incluem processos, tecnologia, informação e, principalmente, pessoas, e abordou como as organizações precisam estar atentas e preparadas para atuar em uma realidade volátil, incerta, complexa e efêmera, e a importância de fazer isso. “Precisamos capacitar as pessoas, elas são a base do sucesso e sustentabilidade de todas as organizações. Não tem tecnologia se não tivermos pessoas preparadas para lidar com essa tecnologia”.
Dalla pautou a importância das lideranças estarem preparadas para conduzir essa transição e a necessidade de construir pontes entre as autogestões e o mercado, com compartilhamento, cocriação e trabalho em rede, sempre colocando as pessoas no centro dos processos.
Em seguida foi a vez do professor Paulo Vicente falar sobre o contexto da atual crise, a revolução tecnológica e o novo normal. De acordo com ele, o novo coronavírus gerou uma crise muito grande, porém, não inesperada. “A cada 50, 60 anos, acontece uma crise que força o capitalismo a se reinventar. A pandemia vai forçar uma reestruturação do sistema, que já vinha ocorrendo através da tecnologia, mas foi acelerada”, explicou.
De acordo com o professor, o termo performance, muito utilizado e valorizado por instituições nos últimos 30 anos, será substituído por resiliência e trouxe ainda quatro barreiras pulverizadas com a chegada da Covid-19 como compras online, telemedicina, home office e educação a distância. “A gente já sabia que essas coisas estavam chegando, mas nós estávamos em uma zona de conforto e a pandemia nos tirou dela”.
Após ter apontado como o home office vai mudar a estrutura das cidades, do mercado imobiliário e redistribuir a população no território nacional, Paulo declarou: “falamos muito de transformação digital e telemedicina, mas haverá uma transformação digital também porque as organizações de saúde vão virar organizações de dados”.
Vicente ainda falou sobre a importância dos dados e da tecnologia não só para trabalhar com técnicas preventivas em saúde, como as regenerativas, que fazem parte das próximas revoluções na saúde, além de fazer uma discussão sobre a necessidade de remuneração por saúde e não por doenças. “É necessário um sistema de hospitais e médicos que sejam remunerados pela saúde e não só pela doença. Nestes dois casos, é necessário que você esteja doente para que eles sejam remunerados, mas as pessoas querem saúde”, disse.
Capacitação de dirigentes
Marisa Delfino ressaltou a parceria com a UNIDAS para preparar as autogestões ao novo normal. “O objetivo do programa é trabalhar essa questão estratégica para as autogestões, fazendo com que os líderes do segmento possam repensar a forma da sua operação e se preparar melhor para o futuro”, explicou. Para saber mais Clique sobre a iniciativa do “Programa Estratégico para Dirigentes de Operações em Saúde” basta acessar o link.
Além das discussões feitas durante o webinar, a gerente de projetos da FDC apresentou uma prévia do curso “Programa Estratégico para Dirigentes de Operações em Saúde”, em parceria com a UNIDAS, incluindo a grade de conteúdo e seus diferenciais, que abrangem o desenvolvimento de projetos e um aplicativo. Ao final, os palestrantes abriram para perguntas do público sobre o tema e o curso.