Projeto do PROADI-SUS expande teleconsultas no Amazonas
Os usuários dos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) que necessitam de consultas e acompanhamento com especialistas começaram a ser atendidos em consultas médicas por meio de videochamadas em todo o estado do Amazonas. Os pacientes têm acesso a especialidades como cardiologia, endocrinologia, neurologia, reumatologia, ortopedia e traumatologia.
A iniciativa é liderada pelo time do projeto Regula Mais Brasil, realizado de forma colaborativa com os hospitais membros do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS): Hospital Alemão Oswaldo Cruz, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês.
Nas duas primeiras fases, foram atendidos via teleconsulta os pacientes encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em Manaus, capital do estado. O encaminhamento funcionou da seguinte forma: os médicos da APS avaliaram a necessidade de atendimento especializado e, em caso positivo, encaminhavam o paciente via ambulatório virtual no SISREG, o software do Ministério da Saúde que organiza a fila de espera para consultas no SUS.
Para acessar o serviço, o paciente precisa apenas de um aparelho telefônico ou estar conectado à internet (computador, notebook ou smartphone). No momento do agendamento, deve acessar o link enviado, através do qual é possível realizar a consulta com o especialista. A capital Manaus passou a ser atendida no mês de julho, e a previsão é de implantação em todo estado até o final do ano, com previsão de realizar 600 teleconsultas até dezembro de 2020.
Mais segurança e praticidade no momento da pandemia
Para Sabrina Dalbosco Gadenz, gerente do projeto, a possibilidade de realizar consultas à distância para pacientes com condições crônicas ajuda a protegê-los do contágio pela Covid-19: “As teleconsultas diminuem a necessidade de deslocamento e protegem pacientes que integram os grupos de risco, sem deixar essa população desassistida”, comenta.
Cesar Higa Nomura, superintendente de medicina diagnóstica Sírio-Libanês e patrocinador do projeto complementa: “Estamos agregando o serviço de teleconsulta em uma localidade em que já fazemos a telerregulação e a teleconsultoria. Isso possibilita que pacientes continuem sendo atendidos e acompanhados mesmo nesse momento delicado de pandemia”, destaca. O médico explica ainda que o acompanhamento dos pacientes, mesmo no ambiente virtual, é contínuo. “O ambulatório virtual possui vagas reservadas para retorno de pacientes mais graves, e caso a condição do paciente não possa ser solucionada via consulta virtual, o paciente pode ser direcionado para uma consulta presencial com prioridade no atendimento”.
Esse formato do projeto estará vigente no Amazonas enquanto durar a emergência nacional de saúde pública. E para agilizar a consulta com a prioridade adequada e apoiar na resolução de casos na atenção primária à saúde (APS), a telerregulação e a teleconsultoria continuam sendo realizadas, garantindo assim, a redução no tempo de espera e o tamanho das filas com especialistas.
Desde 2018, o projeto já regulou mais de 400 mil casos no Distrito Federal, Belo Horizonte, Porto Alegre, Amazonas e Recife.