PROVMED 2030 mapeará demanda por médicos no país
A Faculdade de Medicina da USP e a Fundação Faculdade de Medicina (FFM) assinaram, no dia 22 de janeiro, uma Carta-Acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) e o Ministério da Saúde para a implementação do projeto PROVMED 2030, que visa o desenvolvimento e a aplicação de modelos dinâmicos para análises de necessidades de médicos em geral e de médicos especialistas no Brasil.
O estudo PROVMED 2030, que será coordenado pelo Professor Mário Scheffer, do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP, terá duração inicial de dois anos e prevê equipe de 12 pesquisadores, incluindo alunos de pós-graduação e iniciação científica.
Segundo o professor Scheffer, que também coordena a pesquisa Demografia Médica no Brasil, em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), “na execução do projeto PROVMED serão considerados vários modelos que estimam provisão de médicos em outros países e pretendemos utilizar variáveis dinâmicas, tanto da oferta quanto da demanda por médicos no Brasil, priorizando as necessidades de saúde e dos serviços, os determinantes epidemiológicos e demográficos da população geral e da população médica, além das características do sistema de saúde, da formação e do mercado de trabalho médico. Se neste período pudermos compreender essas tendências, será possível contribuir com subsídios para um planejamento de médio prazo, tendo como horizonte o ano de 2030”.
Para o Diretor do Departamento da Gestão do Trabalho em Saúde (DEGTS), do Ministério da Saúde, Alessandro Glauco Dos Anjos de Vasconcelos, “o projeto contribuirá para o diagnóstico da oferta e necessidade atual de médicos nas diversas regiões do país e, a partir daí, elaborar um modelo para gerar cenários futuros e, dessa forma, balizar políticas públicas de formação e trabalho médico”.
De acordo com Coordenadora da Unidade Técnica de Capacidades Humanas para Saúde da OPAS/OMS, Monica Padilha, “o projeto está inserido nos grandes esforços de criação de um sistema de informação que possa dar conta das lacunas que nós temos no planejamento de recursos humanos em saúde; de pesquisas que possam trazer elementos orientadores e de uso sistemático na formulação na avaliação de políticas”.