69,4% dos médicos querem exame reprobatório
A Associação Paulista de Medicina (APM) acaba de realizar pesquisa inédita com 695 médicos que retrata a percepção dos profissionais sobre Formação-Qualificação, Prioridades para a Saúde e Organização do SUS.
A pesquisa mostrou que 91,2% consideram que deve haver no País um exame obrigatório para medir os conhecimentos dos egressos de faculdades de Medicina. Para 69,4%, a avaliação deve ter caráter reprobatório. Quem não passar não receberá o registro para exercer a prática médica. 39,6% são a favor do fechamento dos cursos que oferecem ensino insuficiente aos futuros médicos.
Ainda quanto à formação e qualificação para o exercício da Medicina, o levantamento da APM mostra que 91,7% defendem uma prova de revalidação de diplomas obrigatória para os graduados fora do território nacional, sejam eles de outros países ou brasileiros. Outros 5,6% entendem que só deve ser aplicada aos estrangeiros.
Os médicos que participaram do levantamento veem como uma das prioridades a qualificação da gestão, 63,9%.
Tais resultados levam a recordar que até 2018, quando o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP) aplicava uma prova em São Paulo, a performance dos egressos, em especial os das escolas particulares, era bem tímida. Aliás, na edição de 2018, houve as seguintes constatações:
• 86% erraram a abordagem inicial para atendimento a paciente vítima de acidente de trânsito;
• 69% não souberam as diretrizes para aferição da pressão arterial;
• 68% não acertaram a conduta para paciente com infarto no miocárdio;
• 65% erraram o quadro laboratorial do diabetes mellitus descompensado;
• 59% não informaram corretamente o período de transmissão da gripe;