Ollin investe R$ 9 milhões em equipamento para sequenciamento genômico
A Ollin, empresa de análises genômicas do Grupo Eva especializada em pesquisas genéticas e genômicas para detecção de doenças raras, cânceres e outras moléstias com origem em componentes hereditários, investiu R$ 9 milhões em um equipamento para sequenciamento genômico, produzido pela chinesa MGI Tech Co. Ltd. “Com esse novo e avançado sistema, estamos oferecendo testes genéticos com resultados ainda mais assertivos, em prazos menores e a preços atraentes”, afirma Rene Pimenta, CEO da Ollin e cofundador do Grupo Eva.
De acordo com o executivo, o custo operacional do novo equipamento é mais baixo, o que, aliado à maior velocidade de processamento, de comparação e análise dos milhões de fragmentos de DNA, contribui para democratizar o acesso da população brasileira a esse tipo de teste.

O sequenciador é capaz de sequenciar, em apenas 24 horas, 6,8 trilhões de nucleotídeos, o equivalente a 68 genomas humanos completos. “O novo equipamento traz otimização dos processos, redução de custos, de tempo e melhora da qualidade dos resultados”, afirma Gil Monteiro, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Eva.
Segundo ele, a integração da plataforma aliada ao sequenciamento de long-reads (fragmentos de DNA com ‘pedaços’ de até 40.000 letras), é indispensável para solucionar o problema da segmentação interna e fornecer uma visão ampla de todos os tipos de alterações do genoma humano. “Dessa forma, conseguimos avaliar a grande maioria dos casos utilizando apenas duas técnicas unificadas e concomitantes, substituindo pelo menos cinco diferentes técnicas segregadas subsequentes”, diz Monteiro, explicando que segmentação interna é a separação em laboratório de um único processo em diversos outros, necessária para conseguir as respostas na análise genômica.
Medicina de precisão
O sequenciamento genético desempenha papel crítico na triagem de diversos tipos de câncer, ajudando a identificar genes associados ao desenvolvimento de doenças. Com maior nível de precisão, os médicos podem recomendar tratamentos mais eficazes e personalizados, resultando em melhores desfechos clínicos e maior taxa de sobrevida dos pacientes.
Além disso, em casos de câncer hereditário, em que há predisposição genética para o desenvolvimento da doença, a tecnologia pode apoiar a medicina preditiva, possibilitando medidas preventivas.
“Compreender os riscos de determinadas doenças permite a adoção de estratégias de prevenção mais assertivas, bem como a comparação de opções terapêuticas para selecionar aquelas com maior probabilidade de resposta positiva, com base no histórico genético de cada paciente”, conclui Carlos Carpio, gerente geral da MGI no Brasil
