Brasileiro entende benefícios do prontuário eletrônico, mas segurança ainda gera dúvida

O Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) já é conhecido pela maioria dos brasileiros e é amplamente percebido como um instrumento que pode melhorar o atendimento e a coordenação do cuidado em saúde, segundo pesquisa do instituto Vox Populi encomendada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

O levantamento ouviu 3,2 mil pessoas com 18 anos ou mais, entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde e odontológicos, em oito regiões metropolitanas — São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Manaus e Brasília. As entrevistas foram presenciais, realizadas entre 31 de julho e 17 de agosto de 2025, com nível de confiança de 95%.

Sete em cada dez entrevistados (70% dos respondentes) afirmam já ter ouvido falar sobre o PEP e reconhecem seus potenciais benefícios, como maior agilidade no atendimento, acesso rápido ao histórico clínico e integração entre diferentes profissionais e serviços de saúde.

Apesar disso, a pesquisa mostra que a segurança das informações ainda é um ponto sensível: apenas metade dos entrevistados afirma sentir-se segura em ter todos os dados integrados em um único sistema. Entre os que manifestam insegurança, os principais motivos são o medo de vazamento de informações pessoais (57%), o uso comercial dos dados por empresas (11%), a falta de controle sobre quem acessa (11%) e o receio de fraude ou mistura de informações (7%).

Para o superintendente executivo do IESS, José Cechin, a percepção revela o desafio de equilibrar inovação tecnológica e confiança pública. “O prontuário eletrônico é um avanço essencial para a eficiência e a qualidade do atendimento, mas depende de confiança e transparência. O cidadão precisa ter clareza sobre como seus dados são protegidos e utilizados, sob responsabilidade das instituições de saúde e das operadoras.”

O levantamento também evidencia diferenças regionais no nível de conhecimento sobre o prontuário eletrônico. Em Brasília, São Paulo e Porto Alegre, os percentuais de entrevistados que afirmam conhecer o PEP são mais elevados, enquanto em Manaus e Salvador os índices são menores.

Mesmo entre os que não conhecem o PEP em profundidade, há ampla concordância quanto aos benefícios esperados: os entrevistados destacam, de forma espontânea, melhor organização das informações médicas, agilidade no atendimento, redução de erros e integração entre unidades e profissionais de saúde.

“Esses resultados mostram que a digitalização da saúde é uma realidade percebida pela população”, afirma Cechin. “Há um reconhecimento claro das vantagens do prontuário eletrônico, mas também um alerta sobre a importância de comunicação, governança e segurança digital.”

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