Especialistas da Mayo Clinic usam IA para detectar a apneia do sono

Pesquisadores da Mayo Clinic desenvolveram um algoritmo de inteligência artificial (IA) capaz de identificar a apneia obstrutiva do sono (AOS) a partir dos resultados de um eletrocardiograma (ECG) – um exame cardíaco comum. A inovação pode tornar a detecção da apneia do sono mais rápida, barata e simples, especialmente em mulheres, que costumam ser subdiagnosticadas.

Uma condição comum, mas pouco reconhecida

A AOS afeta mais de 936 milhões de adultos entre 30 e 69 anos em todo o mundo e representa riscos cardiovasculares significativos. Pessoas com AOS sofrem episódios repetidos de colapso ou obstrução das vias aéreas superiores durante o sono. Esse colapso faz com que a respiração pare ou fique superficial repetidamente, o que geralmente causa roncos altos e engasgos. Apesar de sua prevalência, a condição muitas vezes não é diagnosticada.

“A apneia obstrutiva do sono, ou AOS, é uma doença altamente prevalente com importantes consequências cardiovasculares,” diz Virend Somers, M.D., Ph.D., professor Alice Sheets Marriott de Medicina Cardiovascular e autor sênior do estudo publicado na JACC: Advances. “A AOS afeta o coração a tal ponto que algoritmos de IA conseguem detectar sua assinatura a partir do ECG, que essencialmente representa a atividade elétrica das células musculares do coração,” acrescenta Somers.

Modelo de IA apresenta forte desempenho — especialmente em mulheres

No estudo, os pesquisadores utilizaram algoritmos de inteligência artificial para analisar os resultados de eletrocardiogramas (ECG) de 12 derivações de 11.299 pacientes da Mayo Clinic que haviam sido submetidos ao exame, juntamente com avaliações do sono. Mais de 7 mil deles tinham um diagnóstico conhecido de AOS, e 4 mil serviram como grupo de controle.

“A descoberta mais surpreendente foi a maior visibilidade da AOS no ECG das mulheres em comparação aos homens, mesmo que a gravidade da AOS fosse menor nelas,” diz o Dr. Somers. “Isso é relevante, pois dados recentes indicam, de forma consistente, que as mulheres têm maior probabilidade relativa de sofrer consequências cardiovasculares da AOS, mesmo quando sua AOS é considerada ‘mais leve’ pelos critérios diagnósticos padrão,” acrescenta. O exame sugere fortemente que as mulheres podem sofrer mais danos nas células do músculo cardíaco devido à AOS, diz Somers.

Somers ressalta que essa abordagem pode ter o potencial de avaliar se um determinado tratamento para AOS é capaz de reduzir o risco cardiovascular de um paciente.

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