35 anos do SUS: o papel das OSSs na consolidação do sistema

Por João Romano

Em 2025, o Sistema Único de Saúde (SUS) completou 35 anos de história, consolidando-se como patrimônio coletivo do povo brasileiro e um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo. Criado pela Constituição de 1988, o SUS garante aos mais de 200 milhões de brasileiros o direito universal e gratuito à saúde, sendo referência em atendimento, prevenção e promoção da qualidade de vida.

Ao longo destas décadas, o SUS estruturou políticas que vão da atenção primária a procedimentos de alta complexidade, passando por campanhas de vacinação, programas de saúde da família e ações de vigilância epidemiológica. Manter um sistema dessa magnitude, em um país continental e marcado por desigualdades, exige mais que recursos financeiros: requer gestão eficiente, inovação e parcerias estratégicas. É nesse contexto que as Organizações Sociais de Saúde (OSSs) se tornaram parceiras fundamentais.

As OSSs são instituições privadas, sem fins lucrativos, que colaboram com o poder público na administração de hospitais, unidades básicas, centros de especialidades e prontos-socorros. Essa parceria permite que políticas públicas sejam executadas com agilidade e foco em resultados, utilizando indicadores de desempenho para garantir atendimento de qualidade e segurança a quem mais precisa.

A atenção primária, porta de entrada do SUS, é um exemplo claro de como a gestão eficiente transforma vidas. Por meio de equipes multiprofissionais, os profissionais acompanham pacientes com doenças crônicas, previnem complicações e incentivam hábitos saudáveis. Essa abordagem reduz a demanda por atendimentos de urgência e internações, melhora a experiência do usuário e garante a sustentabilidade do sistema.

Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 70% da população brasileira depende exclusivamente do SUS. Em muitas localidades, são as OSSs que asseguram consultas, exames e tratamentos especializados, ajudando a diminuir desigualdades históricas e a levar saúde de qualidade para todos.

Celebrar os 35 anos do SUS é reconhecer suas conquistas, mas também assumir o compromisso com os desafios que virão. A sustentabilidade do sistema depende de modelos de gestão inovadores, investimento contínuo e parcerias sólidas que transformem políticas em serviços concretos.

Como gerente executivo de uma OSS, acredito que o SUS é mais do que uma política pública: é um patrimônio coletivo que deve ser protegido e fortalecido. Instituições, gestores e profissionais de saúde seguem trabalhando em parceria com o Estado e a sociedade civil para garantir que, nos próximos anos, o sistema público continue promovendo equidade, inovação e qualidade de vida para todos os brasileiros.


*João Romano é gerente executivo do CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”).

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