App engaja voluntários no auxílio a deficientes visuais
Já se imaginou auxiliando um deficiente visual a escolher a cor da roupa do dia, ou lendo uma bula de remédio para auxiliá-lo? E a falar com uma pessoa do outro lado do Brasil para ajudá-la a encontrar um objeto perdido? Para isso nasceu o aplicativo Be my Eyes, em português, “Seja meus olhos”.
Gratuito e disponível para as plataformas Android e IOS, o aplicativo quer motivar pessoas a emprestarem seus olhos a quem não consegue enxergar. Idealizado pelo dinamarquês Hans Jørgen Wilber, o app usa câmera e microfone para auxiliar os que precisam de ajuda. Ao se conectar, o usuário escolhe entre as opções: voluntário ou deficiente visual, e faz a conexão com aqueles que estiverem com necessidade.
Gabriel Metzler, escritor e palestrante, viaja o Brasil conscientizando pessoas sobre a importância da motivação para uma vida plena. Deficiente visual desde 1998, perdeu parte da visão em um acidente com fogos de artifício. Posteriormente, em 2015 perdeu o que lhe sobrou da visão.
Usuário do aplicativo, Metzler usa suas redes sociais e palestras para reforçar o convite às pessoas para utilizarem o app.
“O deficiente visual passa por vários dilemas ao dia, seja na hora de identificar elementos do seu vestuário, quando não encontra objetos que precisa utilizar, ou para identificar uma placa nas ruas. Eu uso da tecnologia várias vezes ao dia, e sempre incentivo as pessoas por onde passo, a utilizarem”, explica.
Um vídeo veiculado por ele em suas redes sociais viralizou pelo mundo e hoje é distribuído via whatsapp, tornando o aplicativo mais conhecido e engajando pessoas a utilizarem o Be my eyes.
O Be My Eyes possui cerca de 500 mil usuários cadastrados pelo mundo.