Quando creators se tornam aliados na promoção da saúde
Por Alexsandra Silva
 O marketing digital deixou de ser apenas uma estratégia para se tornar uma das principais engrenagens de competitividade das empresas. Para se ter uma ideia, em 2024, segundo estudo realizado pelo IAB Brasil, em parceria com a Kantar Ibope Media, marcas de diversos setores, como comércio, saúde, eletrônicos e vestuário, investiram R$ 37,9 bilhões no digital – crescimento de 8% em relação a 2023, quando os investimentos somaram R$ 35 bilhões. No setor da saúde, essa transformação tem sido ainda mais expressiva e crescente, com grande potencial para se firmar como um dos segmentos mais promissores.
O marketing digital deixou de ser apenas uma estratégia para se tornar uma das principais engrenagens de competitividade das empresas. Para se ter uma ideia, em 2024, segundo estudo realizado pelo IAB Brasil, em parceria com a Kantar Ibope Media, marcas de diversos setores, como comércio, saúde, eletrônicos e vestuário, investiram R$ 37,9 bilhões no digital – crescimento de 8% em relação a 2023, quando os investimentos somaram R$ 35 bilhões. No setor da saúde, essa transformação tem sido ainda mais expressiva e crescente, com grande potencial para se firmar como um dos segmentos mais promissores.
Nos últimos anos, clínicas, laboratórios e profissionais independentes têm investido em estratégias digitais. O objetivo é ampliar sua visibilidade, impulsionar o engajamento e estabelecer relacionamentos duradouros com seus respectivos públicos. A digitalização do setor também foi acelerada pela pandemia, que ampliou o consumo de conteúdo sobre autocuidado, estética e bem-estar nas redes sociais. De acordo com dados da Statista (2024), o Brasil já é o quarto maior mercado de marketing de influência do mundo, e a área da saúde figura entre as que mais crescem em volume de campanhas e interações.
Nesse cenário de transformação, o marketing de influência deixou de ser uma ferramenta de alcance e passou a ser um canal de credibilidade. Em um ambiente altamente regulado e competitivo como o de saúde, a comunicação precisa não ser apenas assertiva, mas também embasada em confiança e reputação. Fica claro, que a confiança é o ativo mais valioso desse relacionamento. O público quer informação segura e relevante, transmitida por vozes que tenham credibilidade técnica e empatia real.
No setor farmacêutico, por exemplo, 57% dos médicos afirmaram já ter mudado sua percepção sobre um medicamento sem prescrição ou tratamento com base em informações vistas em plataformas sociais, é o que mostra a pesquisa da Ogilvy Research & Intelligence. Para o público, a percepção não muda muito, o estudo afirma que 92% dos entrevistados relataram impacto positivo com indicações de medicamentos vindo das redes sociais, aumentando a confiança em suas decisões de saúde.
Influenciadores com formação técnica — como médicos, dentistas, fisioterapeutas e nutricionistas — vêm assumindo papel fundamental na construção de confiança e educação do público. Uma mudança de paradigma está acontecendo. Com a explosão das plataformas sociais, pacientes e profissionais estão recorrendo cada vez mais às redes e creators para buscar informação e educação.
Em resumo, todos os dias, milhões de pessoas buscam informações que as capacitem a fazer escolhas mais saudáveis – seja para entender um diagnóstico, escolher um tratamento adequado ou adotar hábitos preventivos. A maneira como pensamos e as ações que fazemos para ter uma melhor qualidade de vida estão em constantes mudanças e atualizações.
O aumento das interações nesses tópicos indica um crescente interesse dos usuários por informações confiáveis. Esse comportamento é impulsionado tanto pela digitalização dos hábitos quanto pela procura por orientação em fontes acessíveis e especializadas. Nesse contexto, a creator economy é uma aliada para democratizar o acesso à comunicação e isso também inclui o setor da saúde.
*Alexsandra Silva é cientista de dados da Air.
 
								