Brasil avança no rastreio do câncer de colo do útero com teste de HPV

No mês de outubro, dedicado à prevenção das doenças que mais afetam as mulheres, o Brasil dá um passo importante na saúde pública com a adoção do teste molecular para detecção do HPV como principal método de rastreamento do câncer do colo do útero. O Ministério da Saúde aprovou recentemente as novas Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, que definem a pesquisa do HPV por técnica molecular como o método prioritário para detecção da infecção. A medida tem como objetivo ampliar o diagnóstico precoce, reduzir o risco de evolução para o câncer invasivo e modernizar a abordagem preventiva adotada no país.

“A adoção do teste molecular para detecção do HPV representa um avanço importante para a saúde da mulher no Brasil. O exame apresenta sensibilidade superior a 90% para identificar lesões precursoras de câncer do colo do útero, significativamente maior que a do Papanicolau tradicional, o que permite intervenções preventivas antes que a doença evolua para estágios invasivos”, explica Annelise Wengerkievicz Lopes, patologista clínica e diretora da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML).

O câncer de colo do útero se desenvolve lentamente a partir de uma infecção persistente por tipos de HPV carcinogênicos. Com o rastreio molecular, mulheres com resultados negativos podem ter o intervalo entre exames estendido de forma segura, enquanto resultados positivos para HPV de alto risco (como os tipos 16 e 18) indicam a necessidade de testes complementares, incluindo citologia ou colposcopia, para definir a conduta médica adequada.

Além da maior sensibilidade, o teste molecular apresenta alto valor preditivo negativo, maior reprodutibilidade, desempenho superior em populações imunossuprimidas e possibilidade de autocoleta, permitindo que mulheres em áreas de difícil acesso ou com restrições sociais possam realizar o exame de forma segura. “A possibilidade de realizar o exame por autocoleta representa um avanço importante na ampliação do acesso, especialmente para mulheres que vivem em regiões com pouca infraestrutura de saúde ou que, por motivos culturais, religiosos ou familiares, acabam não realizando o rastreamento conforme as recomendações”, acrescenta Annelise.

A especialista da SBPC/ML conta que implementação do teste segue padrões regulatórios rigorosos da Anvisa (RDC 978/2025) e do Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC), garantindo a validação analítica, controle de qualidade interno e externo e confiabilidade dos resultados. “Laboratórios privados já oferecem testes PCR para HPV de alto risco com genotipagem, e a rede pública adapta-se gradualmente para dar abrangência desta tecnologia no SUS”, ressalta.

Com a migração do Papanicolau para o teste de HPV, o Brasil se alinha às melhores práticas internacionais em rastreio do câncer de colo do útero, fortalecendo a prevenção, ampliando o acesso à detecção precoce e contribuindo para a redução da mortalidade pela doença.

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