Sudeste concentra quase metade das mortes por câncer de mama no país

Apesar de contar com a maior produção de mamografias do país e a mais alta taxa de diagnóstico precoce, de 67,6%, a região Sudeste ainda enfrenta desafios significativos na atenção ao câncer de mama. De acordo com o Panorama do Câncer de Mama 2025, realizado pelo Instituto Natura em parceria com o Observatório de Oncologia do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC), o tempo médio entre o diagnóstico e o início do tratamento chegou a 222 dias em 2023. O número ultrapassa em mais de cinco meses o limite legal de 60 dias estabelecido pela Lei nº 13.896/2019.

A taxa de cobertura mamográfica bienal foi de 25,3% em 2023 e 2024, percentual superior à média nacional, de 23,7%, mas ainda distante da recomendação da Organização Mundial da Saúde, que orienta cobertura de 70% entre mulheres de 50 a 69 anos. São Paulo, com 29,8%, e Espírito Santo, com 26,8%, foram os estados com maior cobertura na região. Já o Rio de Janeiro, embora represente cerca de 25% das mortes por câncer de mama no Sudeste, apresentou a menor taxa de cobertura: 18,3%.

“O Panorama do Câncer de Mama 2025 traz um retrato alarmante de como o cuidado com a saúde feminina ainda está longe de ser equitativo no Brasil. Para mudar essa realidade, é preciso fazer muito mais do que campanhas pontuais. O cuidado com a saúde das mamas deve começar na atenção básica e seguir com acesso aos exames, diagnóstico e tratamento em tempo oportuno”, afirma Mariana Lorencinho, líder de Saúde das Mulheres do Instituto Natura.

Região concentra maior número de óbitos

Com 9.816 mortes registradas em 2023, a Região Sudeste concentrou quase metade dos óbitos por câncer de mama no Brasil no último ano. A taxa de mortalidade bruta regional foi de 22,1 por 100 mil mulheres, acima da média nacional, de 19,3. O estado do Rio de Janeiro apresentou a pior taxa do país, com 29,6 mortes por 100 mil mulheres, seguido por São Paulo (21,7), Espírito Santo (19,2) e Minas Gerais (17,4).

Apesar da maior proporção de diagnósticos em estágio precoce, com 64,7%, o volume absoluto de casos e a demora para o início do tratamento tornam o cenário preocupante. “A estrutura existe, mas está desequilibrada. Precisamos de gestão eficiente, protocolos ágeis e atenção especial às populações mais vulneráveis, que muitas vezes têm o diagnóstico precoce, mas não conseguem iniciar o tratamento em tempo hábil”, destaca Nina Melo, coordenadora de pesquisa do Observatório de Oncologia.

Sobre o estudo

O Panorama do Câncer de Mama 2025 é um estudo observacional com base em dados públicos dos sistemas de informação do SUS, abrangendo o período de 2015 a 2024. A análise inclui notificações, produção de exames, tratamentos e registros de mortalidade.

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