Hospital Evangélico reduz óbitos e custos com gerenciamento de crônicos

Cerca de 41% dos R$ 246 bilhões previstos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias para financiar ações e serviços públicos de saúde (ASPS) e garantir o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), em 2025, é destinado para o tratamento de doenças crônicas. Este percentual de gastos com doentes crônicos é similar, tanto no sistema público quanto no sistema privado.

Para reverter este quadro, o Programa Viva Saúde, implementado dentro do Plano Hospitalar, do Hospital Evangélico de Londrina (HE Londrina), encontrou um caminho eficiente, humano e financeiramente sustentável.

Desde o início do programa, em 2023, foram economizados R$ 2,48 milhões (redução mensal de R$ 207 mil), com o tratamento de doentes crônicos, incluindo a melhoria das condições de saúde dos pacientes e, consequentemente, redução de idas ao pronto-atendimento, de exames e de consultas.

Ao todo, a economia chega a R$ 2.031,31 por paciente em um ano. O número de internações caiu e foram menos 11.979 atendimentos de emergência. A estimativa é que 108 óbitos tenham sido evitados apenas em 2025.

O programa – que acompanha ativamente, neste momento, 1.223 pacientes  crônicos apontados como críticos por uma plataforma instalada e que dá suporte aos médicos e enfermeiros – também conseguiu reduzir 2.884 consultas eletivas e mais 23.823 exames eletivos em um ano.

Desde o início do programa Viva Saúde, 72 pacientes de alto risco foram identificados e 60 deles (83,33%), tiveram seu risco diminuído após o início de acompanhamento.

Por ser um Hospital filantrópico, o valor economizado está sendo reinvestido mensalmente em novos serviços, equipamentos de ponta e ampliação do atendimento à comunidade.

Tecnologia, prevenção e cuidado humanizado

O diferencial do programa está na combinação de tecnologia, telemonitoramento, atendimento domiciliar e um cuidado contínuo, personalizado por equipes multiprofissionais. O custo médio anual por paciente crônico caiu de R$ 6.407,12 (antes da implantação do programa) para R$ 4.375,81 – mesmo já considerando o investimento no programa.

As doenças crônicas já são responsáveis por mais de 72% das mortes no Brasil. Metade da população adulta apresenta alguma condição crônica, como diabetes, hipertensão, obesidade, depressão ou doenças cardiovasculares. Mas o Viva Saúde tem mostrado que é possível reverter o agravamento desses casos e garantir mais qualidade de vida.

“A plataforma integra tecnologia, prevenção e uma equipe de cuidados que monitora cada paciente de forma contínua. Isso evita agravos, melhora a qualidade de vida e reduz os custos com tratamentos mais caros”, explica Eduardo Otoni, superintendente da Associação Evangélica Beneficente de Londrina (AEBEL). Segundo ele, estudos mostram que a sobreutilização de recursos diagnósticos e terapêuticos adiciona uma carga financeira significativa ao sistema de saúde.

Além dos 108 óbitos prevenidos, foram 423 internações a menos e 11.979 atendimentos de urgência e emergência prevenidos em um único ano.

A tecnologia utilizada, plataforma PGS/NAGIS, é reconhecida pela International Finance Corporation (IFC), do Banco Mundial. Ela cruza dados clínicos, classifica os pacientes por risco e recomenda ações específicas. Desde janeiro de 2023, mais de 1.700 pacientes foram incluídos no sistema e cerca de 300 já receberam alta.

Resultados acima da média mundial

Enquanto programas de referência internacional como o National Health Service (Reino Unido) e a Kaiser Permanente (EUA) alcançam reduções anuais  de 14% a 17% no risco clínico, o Viva Saúde já atingiu 24,37%. Apenas entre os pacientes de alto risco, 83,33% conseguiram reverter o quadro com o acompanhamento.

Outros indicadores também se destacam:

  • 87,86% dos pacientes aderem às orientações clínicas;
  • 19,94% dos pacientes reduziram o Índice de Massa Corporal (IMC) desde o início do programa (dos 1.414 identificados, 282 reduziram IMC);
  • 20,58% dos pacientes com obesidade (IMC acima de 30) conseguiram reduzir o peso e, com isso, controlar doenças como diabetes e hipertensão. Foram 447 identificados (31,61%) e 92 deles reduziram o peso.

Para Wagner Marques, gestor da Nagis Health, o segredo está na personalização: “O software aprende com os dados e ajuda os profissionais de saúde a adaptar os protocolos de cuidado à realidade de cada paciente. É um cuidado inteligente, humano e de resultado”, detalha.

Um modelo para o SUS

Com resultados comprovados, baixo custo operacional e adesão significativa, o Viva Saúde tem se mostrado uma alternativa viável para o Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente em cidades de médio porte. “Estamos falando de salvar vidas, evitar sofrimentos e ainda economizar recursos. O sucesso do Viva Saúde mostra que é possível fazer mais e melhor com menos”, conclui Eduardo Otoni.

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