RNP vai investir R$ 15 milhões em projetos de saúde digital
Com o objetivo de promover a inovação e a transformação digital nos serviços de saúde no país, a RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa) lançou uma chamada pública para selecionar projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em Saúde Digital. Os grupos aprovados serão reunidos em redes de colaboração, e cada uma dessas redes — chamadas de clusters — receberão recursos para desenvolver soluções conjuntas ao longo de dois anos. O valor total desta chamada pública é de 15 milhões e as propostas podem ser enviadas até 31 de julho. Mais informações podem ser vistas no edital da chamada.
A chamada, que dá origem ao Programa de Redes de Colaboração em Saúde Digital (PRC-SD), é voltada a grupos de pesquisa que devem ser coordenados por liderados por um coordenador acadêmico formalmente vinculado a uma instituição de ensino e pesquisa brasileira. As propostas devem abordar um ou mais eixos temáticos, que incluem telessaúde, dispositivos móveis e vestíveis, inteligência artificial aplicada à saúde, interoperabilidade de sistemas, segurança de dados e soluções digitais para populações específicas, como idosos e indígenas, entre outros. A lista completa pode ser vista no edital.
“Esta chamada pública para criação de redes de competência em Saúde Digital tem importância em várias dimensões. E não apenas porque reflete a tradição da RNP em organizar as comunidades científicas em torno de temas relevantes para o país, mas porque também representa um esforço coletivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Ministério da Saúde e da própria RNP. Acredito que esta iniciativa vai permitir identificar competências no tema para além daqueles grupos que hoje são mais notórios na área. Isso ajuda na democratização do acesso aos recursos para pesquisa e desenvolvimento, bem como permite à RNP se aproximar ainda mais de uma área de conhecimento extremamente relevante para o país, a saúde digital”, explica Lisandro Granville, diretor-geral da RNP.
A seleção dos projetos será feita em duas etapas. Na primeira, serão avaliados critérios como o foco nos eixos temáticos, a qualidade, a viabilidade técnica, o impacto, o grau de inovação e o currículo dos membros. É obrigatório que pelo menos uma unidade da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) faça parte da proposta. Cada grupo deve apresentar um orçamento de até R$ 600 mil, que fará parte da avaliação técnica. A RNP irá promover uma webconferência para tirar dúvidas em 15 de julho às 10h30.
As propostas aprovadas serão reunidas em clusters (redes de competência) e passarão para a segunda etapa. Nesta fase, os grupos se reunirão para formar uma proposta que englobe todos os projetos dos candidatos aprovados na primeira fase, além de definir um coordenador geral. A seleção das propostas de segunda fase levará em conta a qualidade da proposta, a viabilidade, o impacto da iniciativa e o grau de inovação.
O resultado final será anunciado a partir de 21 de outubro. A execução dos projetos está prevista para começar em 1º de fevereiro de 2026, com duração de 24 meses. Ao longo desse período, a RNP será responsável pelo acompanhamento técnico das entregas, com avaliações trimestrais. O repasse de recursos dependerá da aprovação dos produtos previstos em cada etapa.