Mais acesso: o avanço da ANS no combate ao câncer de mama

Por Paulo Bittencourt

A saúde suplementar brasileira deu um passo importante rumo à prevenção efetiva com a recente atualização da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que ampliou o acesso ao rastreamento do câncer de mama na rede privada. A nova diretriz, que garante a cobertura obrigatória de mamografias para mulheres a partir dos 40 anos — independentemente da presença de sintomas ou histórico familiar — representa uma conquista significativa para milhares de brasileiras.

Até então, o direito à mamografia preventiva era limitado a mulheres entre 50 e 69 anos, o que desconsiderava uma faixa importante da população que já vinha sendo diagnosticada em estágios avançados da doença. Sabemos que o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e que a detecção precoce é, comprovadamente, um dos principais fatores para aumentar as chances de cura e reduzir a mortalidade.

A mudança atende a uma demanda antiga de especialistas e da sociedade civil, e alinha o país a diretrizes mais modernas de prevenção oncológica. Mas, mais do que isso, sinaliza um amadurecimento da política de saúde suplementar, que começa a olhar com mais atenção para o cuidado preventivo — e não apenas para o tratamento curativo. Essa é uma virada de chave fundamental para a sustentabilidade do setor.

Claro, a decisão da ANS traz desafios. A implementação dessa nova diretriz exigirá ajustes por parte das operadoras, que precisarão reforçar suas redes credenciadas, ampliar a capacidade de atendimento e, principalmente, informar com clareza suas beneficiárias. De nada adianta uma medida técnica eficaz se ela não chega ao conhecimento e à prática da vida real.

Do ponto de vista da gestão, ampliar o rastreamento não significa aumentar custos — ao contrário. Diagnosticar precocemente é, em geral, muito mais econômico do que tratar doenças em estágios avançados. Além disso, traz impactos diretos na qualidade de vida dos pacientes, reduzindo o tempo de afastamento do trabalho, o sofrimento pessoal e os danos sociais do adoecimento.

É animador ver a regulação caminhar para um modelo de saúde mais inteligente, mais atento à prevenção e mais próximo das reais necessidades da população. Que essa seja apenas a primeira de muitas atualizações que coloquem a saúde da mulher, e a prevenção em geral, no centro da atenção.


*Paulo Bittencourt é CEO do Plano Brasil Saúde.

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