Eficiência na gestão hospitalar: qualidade e sustentabilidade
Por Ciarlo Fonseca
Ter uma gestão hospitalar eficiente é um dos principais desafios do setor de saúde atualmente. Cinco anos após o início da pandemia de Covid-19 no Brasil, já é possível avaliar seus impactos. Se, por um lado, a crise sanitária acelerou a adoção de novas tecnologias e modelos de gestão, por outro, evidenciou a necessidade de processos mais eficientes, melhor gerenciamento de recursos e maior flexibilidade na prestação de serviços médicos.
Em um cenário onde a demanda por atendimento cresce continuamente e os custos operacionais aumentam, é preciso encontrar soluções que garantam qualidade assistencial sem comprometer a sustentabilidade econômica dos hospitais. Uma das tendências que vem ganhando força é a utilização de empresas médicas para oferecer suporte administrativo, financeiro, jurídico e operacional, beneficiando tanto os profissionais de saúde quanto as instituições contratantes.
Ao centralizar as atividades administrativas em uma estrutura profissionalizada, os médicos podem se dedicar integralmente à prática clínica e ao aprimoramento profissional. Isso reduz o tempo gasto com burocracias e melhora o fluxo de trabalho. Para as instituições, contar com parceiros que possuem uma gestão estruturada proporciona mais segurança e otimiza recursos, garantindo a continuidade do atendimento e prevenindo a desassistência, mesmo diante de imprevistos ou sobrecarga, como ocorreu na pandemia.
Outro fator importante para aumentar a eficiência hospitalar é a implementação de soluções tecnológicas para aprimorar sistemas e reduzir desperdícios. Automação e digitalização de processos administrativos, uso de inteligência artificial para otimizar escalas, análise de dados e indicadores, além de telemedicina e monitoramento remoto são exemplos de estratégias para aumentar o rendimento assistencial.
A combinação entre gestão profissionalizada, tecnologia e boas práticas administrativas possibilita a construção de um setor de saúde mais eficiente e sustentável. O futuro das instituições de saúde brasileiras exige planejamento estratégico, inovação e valorização de soluções que promovam um equilíbrio entre custos e excelência assistencial.
*Ciarlo Fonseca é Diretor de Operações na Promed – Soluções em Saúde.