Estudo aponta efetividade da cirurgia bariátrica no tratamento da diabetes tipo 2 em pacientes com obesidade mórbida

Durante 24 meses, a pesquisa acompanhou 45 pacientes com diagnóstico de obesidade mórbida e diabetes mellitus tipo 2 (DMT2), submetidos à cirurgia bariátrica, e que apresentaram redução nos marcadores de estresse oxidativo (MMPs) após o procedimento, o que comprovou a efetividade desse tipo de operação para o controle de condições metabólicas. Os resultados foram publicados na revista científica internacional Biomolecules a partir de pesquisa conduzida na unidade Pompeia da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

O estudo controlado foi realizado entre os anos de 2022 e 2023 conforme os critérios de diagnósticos da Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo o Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 35, de ambos os sexos, com comorbidades, na faixa etária de 18 a 65 anos, e o diagnóstico de DMT2 há pelo menos seis meses.

“Nós avaliamos o efeito da perda de peso em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica por meio dos biomarcadores (MMPs) do estresse oxidativo, que é o desequilíbrio entre dois tipos diferentes de moléculas no corpo e que dessa forma prejudicam as células e tecidos”, explica o médico e autor da pesquisa de doutorado, João Gentile, cirurgião da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo e especialista em Obesidade e Síndrome Metabólica.

A obesidade mórbida leva a um acúmulo anormal de tecido adiposo em órgãos viscerais e especialmente no pâncreas e fígado, causando disfunção celular e resistência à insulina no tecido, o que gera a contínua disfunção para ganho de peso e outros problemas. “As MMP-2 e a MMP-9 aumentam nos pacientes com obesidade mórbida, síndrome metabólica e DMT2. Elas também apontam para risco cardiovascular, por tanto investigamos prospectivamente se as MMPs são influenciadas pela cirurgia bariátrica, o que foi comprovado”, afirma Gentile.

Foram examinados os valores dos biomarcadores MPP-2 e MMP-9 uma semana antes da data da cirurgia, após 3 meses da operação e após 12 meses de pós-operatório. Após um ano, constatou-se uma redução de até 32,2% no IMC do pós-operatório.

“Os tipos de cirurgia empregadas não demonstraram diferenças estatísticas relevantes, o que nos mostra que as técnicas cirúrgicas são capazes de reduzir os valores de MMPs nesses pacientes”, esclarece o pesquisador. Ele explica que o estudo avaliou apenas pacientes com nível de hemoglobina glicosilada (HbA1c) maior que 6,5%, que estivessem sendo acompanhados regularmente com tratamento adequado, e que foram submetidos à cirurgias do tipo Bypass Gástrico (BGYR), que diminui para 10% a capacidade do estômago) e a Gastrectomia Vertical (GV), que remove de 70 a 85% do estômago do paciente, transformando-o em um tubo estreito.

“Comprovamos com este estudo que a cirurgia bariátrica é um procedimento seguro e eficaz para o tratamento da obesidade e doenças metabólicas como a diabetes do tipo 2”, conclui o médico.

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