Estudo analisa efeitos de medidas de saúde pública no controle de epidemias
Com a pandemia de covid-19, surtos de Mpox e outras doenças ao redor do mundo cresceu o alerta sobre condições de saúde se espalhando em grande escala e de que forma medidas de saúde pública podem afetar esses processo.
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Um novo estudo realizado por Vinícius Carlesso, médico cardiologista, em parceria com o Mestre em Ciências e cientista de Singapura, Bryan Tan Jin-Yon e o Pós PhD em neurociências, Fabiano de Abreu, buscou ampliar o modelo tradicional de identificação de surtos.
“O estudo expandiu o modelo SEIR para a América do Sul, focando em países como Brasil, Colômbia, Peru, Venezuela e Argentina, para analisar a propagação da varíola dos macacos (Mpox). A pesquisa comparou a resposta de saúde pública entre a Argentina, que adotou medidas rigorosas, e o Brasil, com intervenções limitadas.
“Os resultados destacaram a importância das intervenções de saúde pública no controle de surtos e mostraram como o modelo pode ser adaptado a diferentes contextos”, explica Vinícius Carlesso sobre o estudo.
Um modelo adaptável
O estudo mostrou que o modelo SEIR, com ajustes para a dinâmica populacional e picos de transmissão, é útil para entender os surtos, como de varíola dos macacos, ajudando a preveni-los e a criar estratégias de saúde pública mais eficazes, considerando as variações regionais.
“A adaptabilidade do modelo sugere sua potencial aplicabilidade a outras regiões, incluindo a Venezuela, o que pode ser explorado em estudos futuros”, ressalta o estudo.