Perspectivas para o segmento de Transição de Cuidados em 2025

Por Peer Buergin

O setor de Transição de Cuidados tem ganhado protagonismo global, impulsionado pelo envelhecimento populacional, aumento das condições crônicas e a busca por soluções mais sustentáveis ​​no sistema de saúde. Com resultados expressivos registrados em 2024, o segmento caminha para um novo ciclo de consolidações e expansão em 2025, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.

No Brasil, o aumento da demanda por leitos agudos, associado à necessidade de otimização de custos e melhoria nos estágios clínicos, reforça a importância das unidades de transição de cuidados. Dados da Abrahct, Associação Brasileira de Hospitais e Clínicas de Transição, apontam que o setor teve um crescimento acelerado nos últimos anos, com maior adesão por parte das operadoras de saúde e aumento da conscientização sobre os benefícios dessa modalidade de assistência.

Um fator que pode impulsionar ainda mais o setor é a proposta de regulamentação das Unidades de Transição de Cuidados (UTCs), que surge como uma oportunidade estratégica para estruturar, padronizar e alinhar os serviços às melhores práticas internacionais. Entre os objetivos da regulamentação, destacam-se o apoio à Política Nacional de Cuidados Paliativos e à Rede de Atenção às Urgências e Emergências do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa ação está sendo liderada pela Abrahct e incluiu os principais players do segmento para a sua elaboração.

As perspectivas para 2025 indicam um período de acomodação das transformações recentes, com foco em maior integração de sinergias entre operações, expansão da capacidade de atendimento e fortalecimento do papel das UTCs como parte essencial do ecossistema de saúde suplementar e público.

Tendências e impacto global

No contexto internacional, o segmento também segue em contínuo crescimento, especialmente em países com populações envelhecidas. Nos Estados Unidos, um relatório da National Association of Post-Acute Care Providers (2023) mostrou que as unidades de transição reduziram as taxas de reinternação hospitalar em até 15%, contribuindo para uma economia significativa nos gastos com saúde.

A Europa, a Alemanha e o Reino Unido implementaram modelos integrados de transição de cuidados como parte de suas estratégias de atenção primária e secundária, com foco na reabilitação funcional e cuidados paliativos. Já na Ásia, países como o Japão e a Coreia do Sul enfrentam desafios relacionados ao envelhecimento de suas populações. Segundo o relatório Aging Asia: Health Systems Trends (2023), as unidades de transição desempenharam um papel crucial na promoção da qualidade de vida e na redução da sobrecarga dos hospitais.

Esses exemplos mundiais evidenciam que a transição de cuidados não é apenas uma solução assistencial, mas também um fator estratégico significativo para a sustentabilidade dos sistemas de saúde.

Oportunidades e Sustentabilidade para 2025

O fortalecimento das práticas multidisciplinares e a integração entre diferentes níveis de cuidado são tendências esperadas para o próximo ano. Além disso, o segmento deve se consolidar como um pilar para a redução de sinistralidades, controle de custos nas operadoras de saúde e otimizando o índice VCMH (Variação de Custo Médico Hospitalar), bem como para a melhoria dos resultados clínicos e da experiência do paciente.

Outro aspecto relevante é a ampliação de investimentos em tecnologias assistivas e soluções digitais para monitoramento remoto e personalização do cuidado. Essas ferramentas, que já são amplamente utilizadas em países de todo o mundo, estão disponíveis no Brasil e devem ganhar ainda mais espaço, contribuindo para a autonomia dos pacientes.

Por fim, espera-se que o segmento de transição de cuidados desempenhe um papel cada vez mais estratégico no atendimento às necessidades da população, contribuindo para um sistema de saúde mais equilibrado e acessível. A regulamentação, a expansão das unidades e o alinhamento às melhores práticas globais serão essenciais para que esses avanços se concretizem em 2025.


*Peer Buergin é CEO da YUNA.

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