Consumo de produtos médico-hospitalares cresce 7% no Brasil
Dados do Boletim Econômico da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS) mostram um crescimento de 7,9% no consumo de produtos médico-hospitalares, no Brasil, nos seis primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2023. O setor também contratou mais. Foram abertas 3.511 vagas nas atividades industriais e comerciais, uma alta de 2,4%. Agora são 148.108 trabalhadores nesse mercado, número que não inclui os empregados em serviços de complementação diagnóstica e terapêutica.
O segmento com a alta mais significativa foi o de ‘reagentes e analisadores para diagnóstico in vitro’, 22%, seguido de ‘próteses e implantes – OPME’, 4,2%, e ‘materiais e equipamentos para a saúde’, 2,8%. “O resultado mostra que o setor de dispositivos médicos tem suprido prontamente o sistema de saúde com os produtos necessários à intensificação no atendimento à população, nas suas necessidades, principalmente no tocante a diagnósticos em laboratórios clínicos, realização de testes rápidos (como a dengue) e exames de imagem. Também tem dado suporte com os produtos, materiais e equipamentos para a expansão da rede de atendimento privada”, analisa o presidente executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes.
Apesar da demanda por dispositivos médicos ter aumentado, no primeiro semestre, a produção nacional recuou 0,7%. Quem supriu boa parte desta necessidade foram os produtos importados. O Brasil comprou 14,4% mais da indústria estrangeira do que nos seis primeiros meses do ano passado, totalizando US$ 3,9 bilhões. As exportações também cresceram: 11,6%, somando US$ 408 milhões.
Internações, cirurgias e exames
Entre janeiro e junho, foram realizadas 6,8 milhões de internações, no SUS, cerca de 4,5% acima do verificado no mesmo período de 2023. Houve um crescimento de 21,5% nas internações para ‘métodos de diagnósticos em especialidades’ e de 3,2% para ‘tratamentos clínico (outras especialidades)’, onde vale alertar para o aumento de 8,6% nas internações para ‘tratamentos de doenças bacterianas’.
As cirurgias também apresentaram alta de 7,9%, em relação ao mesmo período de 2023. Foram realizadas 2,98 milhões de procedimentos. ‘Cirurgia do aparelho da visão’ cresceu 23,9%, ‘pequena cirurgia e cirurgia de pele, tecido subcutâneo e mucosa’ teve aumento de 18,0% e ‘bucomaxilofacial’ incremento de 16,7%.
Também foram realizados 7,4% mais exames no SUS, no primeiro semestre, totalizando 655.403 milhões. Destaque para o aumento de 17,5% no ‘diagnóstico por tomografia’ e de 12,3% nas ‘ressonâncias magnéticas’.
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