Atenção Primária reduz em 67% a necessidade de internações
O acompanhamento próximo dos pacientes, com ações preventivas e mudança de hábitos, tem reflexos diretos sobre a necessidade de atendimento para complicações de doenças crônicas. Dados da Salvia Saúde Corporativa mostram que a atuação de equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) reduz a demanda por internações em até 67%. A diminuição na busca por atendimentos de urgência ou emergência, em pronto-socorro, chega a 6%. O estudo acompanhou um grupo de 322 beneficiários de um plano de saúde de Teresina, Piauí.
O impacto positivo da APS ocorre ao longo do tempo. No caso da pesquisa, por exemplo, os pacientes que deixaram de precisar de internação já eram acompanhados por médicos e enfermeiras de APS há pelo menos nove meses. Gerente de operações em Saúde da Salvia, Daniela Parizotto, explica que isso é reflexo da forma como trabalha a APS. “Colocando o indivíduo no centro do cuidado e realizando a coordenação da sua saúde”.
Na prática, o atendimento é feito por uma equipe que inclui médico da família, enfermeiro, psicólogo e nutricionista. Eles acompanham o paciente de forma próxima e contínua, o que permite a prevenção ou o diagnóstico precoce e a intervenção imediata. “A comparação dos custos de saúde antes e depois da adesão à APS, nos primeiros meses, auxilia no controle financeiro e melhor gestão no atendimento, e ao longo dos anos demonstra a efetiva adequação dos custos conforme a linha de cuidado”, diz Daniela. No caso pesquisado, a redução do custo médio foi de 5%.
A rotina e a organização são as chaves para o sucesso da clínica de APS. De início, os pacientes passam por uma avaliação completa feita pela enfermagem e médico, que os encaminha para exames, passando a seguir um fluxo de acompanhamento. “O paciente é monitorado e segue o seu plano de cuidado individualizado”, conclui Daniela.