Medicina de Precisão impulsiona carreira na Bioinformática

Anderson Coqueiro

Quando cursava Biotecnologia na Universidade Federal da Bahia, Anderson Coqueiro imaginava sua carreira entre as pesquisas acadêmicas e a sala de aula. A guinada começou na graduação, quando a iniciação científica o levou a se interessar pela Bioinformática, área que desconhecia até então. Quatro anos no laboratório da universidade, um mestrado e um doutorado depois, o bioinformata se tornou peça-chave no setor de Genômica do Núcleo Técnico Operacional (NTO), do Sabin Diagnóstico e Saúde, na capital federal. Há três anos, ele é o responsável por organizar os dados provenientes dos sequenciadores de material genético, como DNA e RNA, permitindo que os analistas cheguem a conclusões.

A profissão de bioinformata, que integra conhecimentos em Biologia Molecular, Bioquímica e Informática — principalmente programação —, está em ascensão. Os conhecimentos desse profissional são aplicáveis a diversos ramos de atividade, permitindo atuação não apenas na área da saúde, em que analisam materiais genéticos para descobrir tratamentos de doenças, mas também em setores como agricultura e pesquisas aeroespaciais. Características desejadas para um bioinformata incluem perfil analítico, curiosidade, proatividade, capacidade de trabalhar em múltiplas disciplinas e em equipe. “As ferramentas e os algoritmos auxiliam o trabalho, mas os conhecimentos em processos biológicos e computacionais são fundamentais para resolver questões relacionadas a ambos os campos”, explica Coqueiro.

Aos 32 anos, o bioinformata completou a formação necessária para trabalhar na área após concluir mestrado e doutorado em Bioinformática, na Universidade Federal de Minas Gerais. A maioria dos profissionais em atuação na área têm origem nas áreas da Biologia ou de Tecnologia. No entanto, algumas instituições de ensino superior já oferecem graduação em Bioinformática. “Até pouco tempo atrás, para se tornar bioinformata, era necessário concluir a graduação e depois seguir a formação específica. A graduação na área leva o futuro profissional a ter, desde o início, uma formação mais focada”, observa.

Gustavo Barra

Na visão de Gustavo Barra, coordenador de Genômica do Sabin, o mercado de trabalho para bioinformatas é promissor. “O avanço da medicina de precisão tem impulsionado a demanda por profissionais qualificados em Bioinformática. Além do domínio da linguagem de programação, é fundamental a visão multidisciplinar das inúmeras variáveis decorrentes dos sistemas biológicos”, explica Barra. Ele destaca que a bioinformática possibilitou o compartilhamento rápido e global de dados genômicos, permitindo uma colaboração sem precedentes entre cientistas e instituições de pesquisa em todo o mundo.

Na prática – Anderson Coqueiro trabalha na sede do Sabin Diagnóstico e Saúde em Brasília, compartilhando conhecimentos adquiridos, desde 2012, na área de Genômica. Em sua função, ele se dedica principalmente a garantir a qualidade na conversão de dados biológicos em dados computacionais e a organizar esses dados para que condições de saúde sejam corretamente identificadas. “Meu papel é organizar os dados dos equipamentos que sequenciam material genético. Identifico as diferenças entre o DNA do paciente e os padrões esperados, seleciono as informações relevantes para a análise de patogenicidade e as encaminho para avaliação analítica e clínica, realizada primeiramente pela inteligência artificial e, em seguida, pelos especialistas em genômica e pelas médicas geneticistas do setor”, explica Coqueiro.

O bioinformata, que integra equipes de desenvolvimento de novos testes e da validação de processos, destaca que para a medicina diagnóstica, principalmente na medicina de precisão, é importante ter em mente que cada exame e paciente representam um diferente desafio, despertando novos questionamentos.

O Sabin Diagnóstico e Saúde acompanha a constante evolução da genômica adotando novas tecnologias, validando-as conforme as normas de certificações internacionais, como o College of American Pathology (CAP), antes de disponibilizá-las aos pacientes. O histórico de controle de qualidade monitora o impacto desses avanços na rotina laboratorial. “É preciso trabalhar pensando no impacto que um exame de genômica pode levar a um paciente e à sua família. Isso ajuda o profissional a resolver questões atuais e a estar sempre preparado para casos futuros, uma vez que o desenvolvimento científico nessa área é constante e contínuo”, analisa.

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