App cadastra profissionais de saúde para ajudar vítimas das enchentes
Uma plataforma desenvolvida na Universidade de Passo Fundo está ajudando as vítimas das enchentes que precisam de atendimento em saúde. O aplicativo eProHealth, criado no mestrado de Computação Aplicada em parceria com uma startup incubada no Parque Tecnológico da UPF, a healthtech VisionnIT, está cadastrando profissionais de todo o Brasil dispostos a prestar atendimento gratuito, e os conectando à população que vive nas regiões atingidas. Até o momento já são 8 especialidades com teleconsulta disponíveis.
O professor da UPF e idealizador do aplicativo, Jeangrei Emanoelli Veiga, explica que o aplicativo foi criado como forma de incentivar o autocuidado e o colocar o paciente como protagonista no cuidado da sua saúde. Na última semana, com a catástrofe climática, a prioridade passou a ser buscar profissionais voluntários dispostos a prestar atendimento. “O aplicativo não tem custo para a população. Estamos disponibilizando nossa plataforma de maneira gratuita para os atingidos pelas chuvas que não têm como se deslocar até um posto de saúde”, destaca.
Em apenas dois dias, mais de 700 profissionais do Brasil e de outros países se cadastraram e estão passando pelo credenciamento. São mais de 1.200 horários disponíveis aos pacientes para consultas nas especialidades de Clínica Médica, Pediatria, Cardiologia, Endocrinologia e Metabologia, Psicologia, Nutrição, Enfermagem e com terapeutas.
O agendamento dos horários deve ser feito diretamente no aplicativo. Os interessados devem procurar por eProHealth na sua loja de app. Os profissionais de saúde podem fazer contato pelo telefone (54) 99150-3831.
O app
A plataforma cria um prontuário eletrônico em que o paciente mesmo acessa e faz a inserção dos seus dados médicos, a evolução de tratamentos, alerta de anormalidade e, até mesmo, agendamentos de consultas, exames e procedimentos. Para os profissionais e instituições de saúde, o aplicativo permite o acesso aos dados autorizados pelos usuários, promovendo a conexão das informações e mais precisão nos tratamentos. Além disso, proporciona mais agilidade e redução de custos com ações de telessaúde, como o teleatendimento e telemonitoramento.
O programa atende ao conceito de interoperabilidade aplicado pelo Ministério da Saúde em editais de fomento à pesquisa e a inovação na área da saúde, que incentivam empresas a pensarem em ações que visam a integração dos sistemas de saúde.