O desafio de consolidar um modelo imobiliário no setor da saúde
É de comum acordo que a saúde apresenta impactos significativos no bem-estar social e, por isso, é grande a responsabilidade de quem quer implementar e consolidar empreendimentos voltados para esse setor no Brasil. O último censo do IBGE aponta que 50,5 milhões dos 213 milhões de habitantes do país estão inseridos no Sistema Suplementar de Saúde (conjunto de ações e serviços desenvolvidos por operadoras de planos e seguros privados de assistência médica à saúde), segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de janeiro de 2023. Ou seja, cerca de 24% da população utiliza serviços privados prestados por meio de planos de saúde, um número expressivo de brasileiros que frequentam exclusivamente centros de saúde privados.
Isso reflete diretamente na necessidade que empreendedores imobiliários têm em buscar soluções inovadoras para atender às necessidades desse segmento e, ao mesmo tempo, ofertar modelos que promovam custos mais competitivos. “Precisamos de investimentos imobiliários no setor saúde, que busquem integrar serviços complementares, para atender às necessidades dos clientes, em um único lugar”, explica Newton Quadros, responsável técnico pelo projeto do Neo Life em Brasília.
Há modelos de “cidade de saúde” ou “centros integrados de saúde” em muitos países e em muitas cidades no Brasil. São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Florianópolis, Recife, Ribeirão Preto, entre outras cidades, já contam com centros integrados de saúde e congregam um grande número de serviços. Porém, nem todos seguem uma lógica de coordenação do cuidado à saúde e complementaridade. “Parte do desafio em consolidar um centro integrado de saúde é identificar as empresas qualificadas e com serviços complementares, grande parte ambulatorial, que atendam a demanda da população, sejam competitivas para as operadoras de planos de saúde e ofereçam comodidade aos médicos”, esclarece Newton.
Em cidades com menos de 500 mil habitantes e com potencial de crescimento econômico, empreendimentos dessa natureza são muito importantes para a atração de profissionais qualificados e atuam como atrativo para investimentos de outros setores.
Complementaridade do cuidado
O principal diferencial para projetos imobiliários do setor saúde refere-se ao conceito de integração dos serviços prestados, pensado desde o início do empreendimento. Isso não é uma tarefa fácil, pois exige um planejamento apurado, o convite e a negociação com empresas prestadoras de serviços de saúde, que tenham uma lógica de integração do cuidado, uma complementaridade que possa dar sustentabilidade em longo prazo para o empreendimento.
Para que um centro integrado de saúde prospere, é necessário desenvolver um sistema cooperativo e complementar, com qualidade de entrega assistencial para a comunidade onde o empreendimento está inserido”, explica Newton Quadros, que também é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Ambulatorial – SOBRACAM.
Está sendo concluído agora mais um projeto nesse modelo, o Centro Integrado de Saúde Neo Life, que será inaugurado em 2024 em Brasília. “O Distrito Federal está em fase de se consolidar como um Hub de saúde do Centro-Oeste. Estamos trabalhando para garantir que todas as empresas que participarem do projeto sejam referência em suas áreas”, explica Newton. Entre os players que o centro receberá está o Hospital Placi, pioneiro no Brasil na implantação dos conceitos de cuidados extensivos e de transição. O projeto é uma realização da Controller Participações, com a Consplan Empreendimentos Imobiliários, a responsável pela construção.