The Lancet: 1 bilhão de pessoas em todo o mundo estão obesas

Por Vivaldo José Breternitz

The Lancet, uma das mais antigas e prestigiadas revistas médicas do mundo, publicou no final de fevereiro um artigo relatando que as taxas de obesidade mais que dobraram entre 1990 e 2022. Agora, mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo estão obesas, um sinal de piora da nutrição, que também está aumentando as doenças crônicas como pressão alta, câncer e diabetes.

Nesse período, a taxa de obesidade mais que dobrou entre as mulheres, de 8,8% para 18,5%, e quase triplicou entre os homens, de 4,8% para 14,0%. Entre crianças e adolescentes a taxa cresceu cerca de quatro vezes, de 1,7% para 6,9% entre meninas e de 2,1% para 9,3% entre meninos.

O artigo de The Lancet foca nos Estados Unidos, onde um pouco mais de 4 em cada 10 adultos e 2 em cada 5 crianças são obesos. Esse país tem agora a 10ª maior taxa de obesidade masculina do mundo e a 36ª maior taxa de obesidade feminina. Em 1990, o país tinha a 17ª maior taxa de obesidade masculina do mundo e a 41ª maior taxa de obesidade feminina.

Tonga e Samoa Americana tiveram as maiores taxas de obesidade entre mulheres; Samoa Americana e Nauru tiveram as maiores taxas de obesidade entre homens, com mais de 60% da população adulta vivendo com obesidade – esses países são ilhas do Oceano Pacífico.
Já o Vietnã teve a menor taxa de obesidade feminina e a Etiópia a menor taxa entre os homens.

É lamentável que, além da obesidade, a desnutrição também tenha aumentado, especialmente em países do sul da Ásia e em partes da África, onde alterações do clima e conflitos contribuem para esse aumento.

Para reverter o processo de aumento da obesidade global são necessárias ações não apenas dos governos, mas também do setor privado, “que deve ser responsabilizado pelos impactos de seus produtos na saúde”, como disse recentemente o diretor geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Isso também vale para a desnutrição.

Em resumo: mais acesso a uma alimentação adequada é necessária para reduzir não apenas a obesidade, mas também a desnutrição.


*Vivaldo José Breternitz é Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.

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