Pacientes que tiveram Covid-19 têm mais chances de desenvolver Alzheimer

Estudos recentes apontam que a infecção pelo SARS-Cov-2 eleva o risco de surgimento do Alzheimer de forma significativa. O alerta é do neurologista do Hospital Moinhos de Vento, Alberto Luiz Grigoli e Maia, observando que o processo também atinge outras doenças degenerativas, como o Parkinson. “Ainda existem muitas dúvidas nesta questão e uma das hipóteses é que o processo inflamatório sistêmico gerado pela Covid-19 possa agir como um acelerador da doença degenerativa que já estava presente”, esclarece o especialista. De acordo com Grigoli e Maia, esses são indícios que alertam para a importância do reforço nas medidas de prevenção para idosos, principalmente no que diz respeito à completa imunização.

Além disso, a liberação de novos tratamentos, aprovados por órgãos reguladores internacionais e nacionais, está permitindo construir um cenário promissor para pacientes e cuidadores. Em relação às novidades no tratamento sintomático, destaque da aprovação pela Anvisa, em abril deste ano, para a importação do composto “Cannabidiol Active Pharmaceutical” (de 20 mg/ml). Até então, a aquisição do medicamento era feita somente por importação individual, com a autorização do órgão. Há cerca de dois anos, a substância é usada no controle da agitação psicomotora intensa em quadros demenciais, refratária aos tratamentos convencionais. “A aprovação da venda normal nas farmácias comerciais em nosso meio — efetivada há apenas 3 meses — facilitou muito o acesso dos pacientes ao “cannabidiol”, com excelentes resultados na maior parte dos casos”, esclarece.

A doença

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa ainda sem cura definitiva. Entre as causas, a hipótese amilóide permanece sendo a mais aceita, ou seja, o acúmulo de uma parte desta proteína (fração beta-amiloide) desencadearia um processo inflamatório que leva à progressiva destruição dos neurônios. “Neste sentido, uma das linhas de pesquisa para o desenvolvimento de novos medicamentos é, justamente, a procura de drogas que reduzam a presença desta proteína no cérebro. Um exemplo é a molécula Aducanumab, aprovada em 2021 pela Food and Drug Administration (FDA), a agência reguladora norte-americana”, esclarece o neurologista.

A organização do ambiente para o cuidado dos doentes, o descanso dos cuidadores e a ocupação estimulante dos pacientes também faz a diferença para retardar as perdas cognitivas e minimizar a queda na qualidade de vida. A orientação de um terapeuta ocupacional, já no início da doença, tem um papel essencial. É fundamental, também, que os familiares dos pacientes busquem informações qualificadas, visando o conhecimento e o entendimento da doença e melhores formas de lidar com os desafios frequentes que surgem no dia a dia da família, após o diagnóstico.

O especialista também aconselha a participação em grupos de familiares, pois a troca de experiências com pessoas que já passaram por quadros semelhantes permite compreender que é possível prestar um excelente cuidado, preservando a qualidade de vida e – principalmente – a saúde dos cuidadores.

Observa ainda que o  Brasil vive um momento de elevação na expectativa de vida, o que gera o aumento no número de idosos e também a prevalência de patologias típicas desta faixa etária. “É preciso desmitificar a ideia de que o envelhecimento é sinônimo de “demenciar”, compreendendo que a demência é sempre o evento menos provável”, constata.

A prevalência de demências de qualquer tipo aos 60 anos é de 1%. Aos 85 anos, esse índice é de 25-30%. O médico salienta que isso comprova que a menor parte de pessoas acometidas são idosos. Além disso, hoje essas doenças são encaradas como preveníveis.

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