A importância da informação sobre tratamentos reprodutivos

Por Paulo Tudech

Está crescendo cada vez mais a procura por tratamentos reprodutivos, principalmente em pesquisas na internet. Segundo divulgado pelo Google Trends, aumentou em 80% a busca pelo termo “congelamento de óvulos” nos últimos 5 anos.

Esse aumento pode ter alguns fatores, como por exemplo a mudança no pensamento de construção familiar que a pandemia do coronavírus trouxe, o aumento de mulheres midiáticas que se submeteram ao congelamento de óvulo ou outros tratamentos reprodutivos como a ovodoação e também a conscientização de médicos especialistas a exporem sobre as opções de tratamentos reprodutivos para preservação da fertilidade e alternativas para a realização do sonho da maternidade em quadros de pessoas inférteis, pacientes oncológicas e também de mulheres que buscam a produção independente.

Um levantamento da Organon feito em 2023 apontou que entre 600 mulheres brasileiras de 18 a 45 anos, 70% afirmaram que já ouviram falar sobre algum tipo de tratamento reprodutivo. Porém, ao serem questionadas a falarem de forma mais profunda sobre o procedimento de fertilização, 32% não souberam explicar.

Na pesquisa, entre as mulheres de 18 a 24 anos, a porcentagem de conhecimento sobre os tratamentos reprodutivos caiu para 57%, ou seja, as mulheres mais novas precisam ter mais acesso a esse tipo de informação.

Para isso, é necessário que a sociedade médica tenha consciência do quão importante é abordar sobre essas possibilidades dentro do consultório, desmistificando problemáticas e expondo a realidade dos procedimentos, o investimento financeiro que deverá ser feito, como funciona o preparo, seus prós e contras, porcentagem de sucesso, para que a mulher avalie a situação e possa procurar, de acordo com a sua vontade um especialista em reprodução humana para iniciar um possível tratamento.

Algo muito comum, é mulheres acima dos 35 anos procurarem clínicas reprodutivas visando o congelamento de óvulos, por exemplo, e já possuir óvulos de baixa qualidade e quantidade. O que, caso tivesse sido informada antes, poderia ter sido resolvido anos antes. Mas claro, isso não é algo que acontece com todas as mulheres, há casos em que com menos de 35 anos tenham mulheres que possuem uma reserva ovariana baixa e isso pode ser relacionada a diversas causas como doenças, problemas de saúde, hábitos de vida e afins.

É preciso que os profissionais da saúde abram mais a mente e clareiem as ideias de suas pacientes abordando mais as temáticas reprodutivas. Ainda segundo a pesquisa da Organon, 53% dos médicos abordaram o tema da inseminação artificial no período da pesquisa e 38% discutiram sobre fertilização in vitro e congelamento de óvulos. Já 7% das mulheres entrevistadas disseram que seus médicos não abordaram nenhum dos métodos.

A informação permite com que as mulheres possam ter ainda mais controle sobre a sua fertilidade, sem se preocupar de forma ansiosa com o que o futuro a reserva, podendo assim tomar decisões assertivas e bem pensadas sobre a maternidade.


*Paulo Tudech é especialista em reprodução humana na Nilo Frantz Medicina Reprodutiva.

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