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Reportagem de Capa

Rede Santa Catarina

MedicAÇÃO Segura: Transformando o Cuidado em UTIs.

Cuidar de pacientes em UTIs exige atenção especial para minimizar a dor e o desconforto e contribuir para uma recuperação mais rápida e segura. Pensando nisso, a Rede Santa Catarina, com oito hospitais em quatro estados brasileiros, iniciou em 2022 o projeto Colaborativa de Medicação Segura. O foco está na implementação de práticas baseadas em evidências científicas para melhorar a sedação, o alívio da dor e a recuperação de pacientes críticos.

A iniciativa segue as diretrizes do ICU Liberation, desenvolvido pela Society of Critical Care Medicine, que propõe um conjunto de práticas para melhorar o cuidado em UTIs.

Esses itens, conhecidos como ABCDEF Bundle, são:

  1. Avaliação, prevenção e tratamento da dor (A)
    Garantir que a dor dos pacientes seja avaliada regularmente, tratada de forma eficaz e prevenida sempre que possível.
  2. Interrupção diária da sedação e avaliação de despertar (B)
    Realizar pausas programadas na sedação para permitir que o paciente acorde e sua resposta seja avaliada.
  3. Escolha adequada de sedativos e analgésicos (C)
    Utilizar medicamentos que reduzam riscos de complicações e ajustá-los às necessidades individuais dos pacientes.
  4. Avaliação e manejo de delirium (D)
    Identificar sinais de confusão mental e tratá-los para prevenir complicações.
  5. Mobilização precoce e exercícios (E)
    Promover a movimentação dos pacientes, mesmo de forma leve, para evitar complicações musculares e pulmonares.
  6. Engajamento e apoio familiar (F)
    Incluir a família no processo de cuidado, fornecendo informações e permitindo sua participação ativa.

Resultados Conquistados

Após a implementação dessas práticas, os resultados foram significativos e demonstram o impacto positivo do projeto:

  • Adesão ao protocolo de analgesia: aumento de 21%.
  • Adesão ao protocolo de sedação: aumento de 23%.
  • Manejo da dor: melhora de 13%.
  • Uso da escala RASS (nível de sedação): crescimento de 9%.
  • Prática de despertar diário adequado: crescimento impressionante de 51%.
  • Aplicação da escala CAM-ICU (avaliação de delirium): aumento de 113%, garantindo que os pacientes sejam avaliados regularmente quanto à confusão mental.
  • Extubação não planejada: redução de 48%, indicando maior segurança no uso de tubos respiratórios.

Além disso, indicadores como o tempo de permanência na UTI e as taxas de reinternação também estão sendo monitorados e apresentam tendência de melhora.


Por que esses resultados são importantes?

Esses avanços refletem um cuidado mais eficiente e humanizado. A aplicação rigorosa de protocolos como os do ICU Liberation, combinada ao trabalho interdisciplinar, promove não só a recuperação clínica dos pacientes, mas também a prevenção de complicações graves.

A Rede Santa Catarina demonstra que investir em práticas baseadas na ciência e na colaboração entre as equipes faz toda a diferença, garantindo que os pacientes recebam o melhor cuidado possível e com mais conforto.


A Rede Santa Catarina

Hospital Santa Catarina – Paulista, uma das 9 unidades hospitalares da Rede Santa Catarina

Em 2023, as unidades de saúde da Rede Santa Catarina realizaram aproximadamente 119,9 mil internações hospitalares, com um total de 473,4 mil pacientes-dia; mais de 5,9 milhões de atendimentos ambulatoriais (entre consultas especializadas, exames laboratoriais, diagnóstico por imagem, tratamentos clínicos e oncológicos e procedimentos cirúrgicos de urgência/emergência e eletivos), e destinou 61,37% dos atendimentos ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A Rede Santa Catarina mostrou que o planejamento e o trabalho em equipe possibilitam cuidar melhor dos pacientes em UTIs. Utilizando uma metodologia chamada Breakthrough Collaborative Series (BTS), a equipe conseguiu melhorar o uso de medicamentos para alívio da dor e sedação, garantindo que fossem administrados de forma mais segura e eficaz.

Além disso, o projeto ajudou a equipe a monitorar melhor o nível de sedação dos pacientes, controlando a dor e identificando sinais de confusão mental (delirium) com mais precisão. Essas ações não só trouxeram mais conforto para os pacientes, mas também ajudaram a prevenir problemas que poderiam atrasar a recuperação.

O projeto, chamado Colaborativa de Medicação Segura, mostrou como seguir protocolos baseados em ciência e promover a colaboração entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais faz toda a diferença no cuidado. Esse compromisso com a segurança e o bem-estar dos pacientes também atende ao desejo das equipes de saúde de impactar positivamente a vida dos pacientes e de suas famílias.

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