Murilo Fernandes, CEO da Salux Technology, explica que falar de tecnologia em saúde ou para a saúde não é mais uma condição externa para se pensar em possibilidades sobre como agir. Trata-se de uma realidade e um caminho sem volta. Ela deve ser parte dos processos e estar integrada a eles para que, mais do que melhores soluções e práticas, possibilite ampliar o acesso da população, que é, no final das contas, o grande objetivo.
“O uso do prontuário eletrônico (PEP), por exemplo, é considerado um avanço tecnológico, inclusive na atenção domiciliar, por trazer dados e informações sobre os processos envolvidos na assistência ao paciente e contribuir para diminuir o trabalho de médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde, otimizar processos e reduzir a burocracia”, enfatiza.
As informações contidas no PEP são importantes para acompanhar o histórico do paciente e até mesmo para apoiar na gestão de sua saúde em sua totalidade, colaborando para a prevenção de doenças. Porém, é preciso superar o desafio da fragmentação do setor para unificar esses dados, a fim de que estejam acessíveis a todos os profissionais de saúde que atuam na atenção domiciliar. Novos avanços emergentes nessas tecnologias se tornarão parte da evolução dos cuidados de saúde, incluindo maior monitoramento remoto apropriado de pacientes e uso de inteligência artificial.
João Finoqueto, gerente de desenvolvimento da Salux Technology, complementa que o cenário é de cada vez mais serviços digitais sendo ofertados no mercado, e a expectativa é de melhorias contínuas nos fluxos assistenciais aliados a esses serviços. Nessa linha, tem-se observado frequentemente a experiência do paciente durante suas jornadas físicas e digitais. O acesso a dados dessas jornadas centradas na experiência do paciente aumenta a acurácia sobre tratamentos personalizados.
“Aplicações performáticas (operacional e sistematicamente), escaláveis e seguras seguem sendo bastante demandadas, o que provê serviços democráticos tanto para quem oferece (hospital e seus serviços assistenciais) como para quem consome (paciente). O crescimento do uso da inteligência artificial em diversas áreas da saúde revela que ainda há muito o que evoluir. Abriu-se espaço para muitas ferramentas e aplicações, porém ainda está pendente uma conversa sobre a regulamentação desse tipo de tecnologia na área, buscando a segurança do paciente, o equilíbrio das operações e o debate sobre questões éticas”, pondera Finoqueto.
E é nessa direção, de cada vez mais responder a esses desafios, que a Salux Technology tem investido. Em 2021, a empresa foi adquirida pelo Grupo Bringel, sediado em Manaus e com faturamento projetado de R$ 1 bilhão em 2023. Foi o pontapé para um processo de expansão e de reposicionamento no mercado. A empresa acrescentou ao seu nome um sobrenome, que está diretamente relacionado ao seu DNA, passando a se chamar Salux Technology.
Parcerias e aquisições
Todo esse movimento foi crucial para que a empresa ganhasse robustez e trilhasse um caminho de inovação. Para isso, além de incrementar o grau de inovação e de qualidade de uma solução de gestão hospitalar com um histórico consolidado no mercado, a Salux tem investido no desenvolvimento de novos produtos, sempre visando entregar um resultado ainda maior e atender ao que o mercado pede.
As parcerias e aquisições de outras healthtechs estão inseridas nesse contexto. O portfólio mais que triplicou de tamanho, com o objetivo de atender em 360º as instituições de saúde. Hoje, somam-se quase 30 soluções, além de serviços. Estão em curso também investimentos de R$ 100 milhões, que devem seguir nos próximos três anos, no sentido de ampliar esse ecossistema de tecnologias para o setor. Por enquanto, o grupo que está sendo consolidado é composto por Med.Place, Skymed, ZeroDox, Stargrid e TI Hospitalar.
“Queremos democratizar o acesso à tecnologia de ponta a ponta para as instituições além da ‘bolha’, ou seja, aquelas que já têm maturidade tecnológica”, explica Fernandes, que complementa: “Queremos resolver problemas de gestão de saúde que estão muito além de um sistema de gestão hospitalar. Não temos um olhar tecnicista, e sim um olhar de negócio, identificando as dores que os clientes têm e dando a oportunidade (do pequeno ao grande) para que ele acesse a tecnologia. Quando vendemos só prontuário eletrônico, focamos no fluxo assistencial, na operação. Mas nosso objetivo é mais do que isso. Pensamos no desafio do gestor hospitalar em gerenciar pessoas, em controlar processos”, enfatiza.
De acordo com a empresa, governança, continuidade e sustentabilidade do negócio por meio de processos claros e robustos têm sido o foco da estratégia. O propósito é tornar a Salux cada vez mais uma parceira estratégica capaz de apoiar, por meio da tecnologia, as instituições de saúde e futuramente a outros nichos, com soluções que atendem de ponta a ponta às necessidades do mercado e com projetos que são sempre pensados e dimensionados com um olhar consultivo.
“Não adianta focarmos em inovação e expansão sem considerarmos a aderência das soluções aos nossos clientes e parceiros. É fundamental construirmos essa proximidade e ouvirmos o mercado, mesmo porque a empresa que verdadeiramente inova leva isso para muito além de suas soluções, agregando o conceito de inovação ao seu dia a dia, aos seus processos, aos relacionamentos institucionais e às suas entregas de valor. Olhar para o sucesso e a experiência do cliente faz parte disso”, ressalta Udsom Pereira, diretor de Customer Success e Customer Experience da Salux Technology.
A internacionalização, começando pela América Latina, também está na mira da empresa, que está contratando na mesma velocidade em que inova. Esse ano já foram mais de 200 vagas abertas.
Para 2023, a expectativa é crescer mais dois dígitos e manter a cadência de fechamento de novos contratos. “Queremos crescer, mas também queremos ajudar os 6 mil hospitais, as 25 mil unidades básicas de saúde do país, as milhares de clínicas de especialidades e chegar de fato à população. Fazer diferença na qualidade da saúde. Queremos ampliar e tratar a saúde como um ecossistema”, conclui Fernandes.
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