O ano de 2020 expôs inúmeras falhas nas cadeias de suprimentos e abastecimento em todas as partes do mundo, o que evidenciou a necessidade de uma evolução nos processos e também no uso de novas tecnologias. Na área da saúde, as regulamentações mundiais relacionadas à logística da cadeia de suprimentos estão em constante atualização, com medidas como a rastreabilidade e a serialização de medicamentos, entre outros produtos. Esse cenário impõe ainda mais desafios para a operação das indústrias, especialmente nos segmentos farmacêutico e de bens de consumo.
No Brasil, o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) já é uma realidade e entra em vigor em abril de 2022. “Com ele, a indústrias farmacêutica e hospitalar ampliarão o olhar sobre sua cadeia de suprimentos. Mas, se os prazos não forem cumpridos, as indústrias correm risco de ter suspensas suas operações de venda, o que afeta a cadeia como um todo”, adverte Vinicius Bagnarolli, diretor de operações na América Latina da rfxcel, empresa global em gerenciamento de supply chain.
A empresa, que acumula mais de mil implementações de soluções do gênero para mais de 200 clientes nas Américas, Europa e Ásia, pretende expandir a presença na América Latina, principalmente no Brasil. “Nossa expectativa de crescimento para 2021 é bem positiva, tendo em vista que nossas soluções visam auxiliar os clientes com os problemas que estarão em evidência durante este ano, como as disrupções de abastecimento causadas pela pandemia e a lei de rastreabilidade de medicamentos no Brasil”, explica o executivo. Equador, Chile, Colômbia e México também estão nos planos de expansão da empresa na região.
De acordo com Vinicius Bagnarolli, o SNCM propiciará um expressivo aumento da segurança e do controle de medicamentos não só para fabricantes e importadores, mas também para distribuidores, clínicas, hospitais e pacientes. Tais medidas, já aceitas internacionalmente, permitirão ao Brasil proteger a população contra problemas relacionados à falsificação de remédios e roubo de cargas.
Investir em soluções para simplificar processos pode ser um dos caminhos. “Nossa plataforma de rastreabilidade e monitoramento ambiental em tempo real ajudará no cumprimento dessas demandas regulatórias, ao mesmo tempo em que agregará benefícios de negócios. Também estamos em contato com órgãos governamentais para uso de nossa solução de controle de dispensação de vacinas, que visa garantir a chegada da vacina correta para o paciente correto, no momento correto”, ressalta.
A empresa lançou recentemente o Accurate Immunization Management (AIM), uma solução em nuvem que possibilita o acesso dos profissionais de saúde aos registros de imunização em tempo real, seja em hospitais, laboratórios clínicos ou farmácias.
A ferramenta também permite o monitoramento do inventário e a administração das vacinas certas para o paciente certo. “Por ser uma ferramenta automatizada, os usuários podem manipulá-la praticamente sem nenhum treinamento, o que garante uma implementação rápida em ambientes críticos como o das unidades de emergência”, destaca Vinicius Bagnarolli.
Consolidação
Se há um consenso entre indústria e prestadores de serviços médicos no Brasil é o de que 2021 deve representar uma consolidação de conceitos largamente discutidos na área de saúde global, como telemedicina, pagamentos por performance e não por serviço, saúde populacional, medicina de precisão, entre outros. Vinicius Bagnarolli concorda e reforça que algumas dessas tendências ganharam evidência pela necessária disrupção provocada pela Covid-19. “De fato, 2020 foi um ano desafiador. Talvez sem precedentes em nossa história recente, mas, ao mesmo tempo, foi um ano que possibilitou a inovação. Muitas indústrias se reinventaram. Grandes empresas de tecnologia tendem a focar mais no mercado da saúde, e novas empresas devem surgir já com soluções para novos e velhos problemas. Vejo diversos bons exemplos de empresas que vieram para mudar certas indústrias. Isso deve impulsionar a evolução da indústria da saúde e uma maior adoção de tecnologia”, defende.
Outro ponto que não deve ser esquecido, de acordo com o diretor de operações da rfxcel, é a experiência do paciente. Para ele, o paciente deve estar no centro da transformação digital das empresas de saúde. Planos de saúde e laboratórios devem promover cada vez mais o engajamento do paciente em seu próprio cuidado, recompensando-o por cuidar de sua saúde, o que resulta na diminuição do custo dos serviços prestados e no aumento da previsibilidade da sua população de clientes.
Por outro lado, os hospitais devem olhar para a tecnologia não somente como equipamentos de tratamento mais avançados, mas também para ferramentas que melhoram a experiência do paciente. “Sempre nos posicionamos como um parceiro de negócios de nossos clientes, e não somente como provedores de tecnologia. Isso fez com que diversos clientes pudessem se valer da nossa experiência, e não somente de nossas soluções, para mitigar muitas dessas lacunas, e evoluir em processos e operações. O uso e análise de dados para tomada de decisões também cresceu, pois as empresas precisaram se tornar mais efetivas”, conta.
Ferramentas que permitem uma melhor análise operacional das empresas também devem ser analisadas com atenção. Como exemplo, o executivo cita soluções que possibilitam que um hospital saiba a performance e a ocupação de cada sala de cirurgia, para melhor alocação de recursos, bem como a performance dos profissionais em se tratando da experiência do cliente. “Adicionalmente, devido a diversas falhas na cadeia de suprimentos que ficaram evidentes com a pandemia, soluções de maior visibilidade, rastreabilidade e monitoramento em tempo real devem fazer parte das discussões e análise do setor da saúde para o ano”.
Para Vinicius Bagnarolli, a indústria de saúde ganha produtividade e controle ao adotar essas condutas. “Desde uma maior visibilidade da cadeia de suprimentos, passando pela rastreabilidade de medicamentos, inclusive de vacinas, até o monitoramento ambiental em tempo real da cadeia de suprimento, nossas soluções permitem não somente que o paciente tenha certeza da veracidade dos medicamentos consumidos, como também possibilita à indústria um maior engajamento com o paciente. Elas também estão completamente adaptadas à realidade brasileira, e estamos prontos para auxiliar a indústria farmacêutica e os hospitais a sanar os problemas de suas cadeias de suprimentos, e a desmitificar a rastreabilidade de medicamentos”, conclui.
Acesse mais informações em: https://rfxcel.com/pt