O impacto da crise no cotidiano provocou inclusive a ONU Mulheres a sugerir uma série de medidas que contribuem com a rotina das mulheres e, como consequência das famílias. No total, nove ações são propostas desde medidas simples, como ajudar no trabalho doméstico, passando pelas formas de dar voz a elas e suas histórias, apoiar o ativismo virtual e até mesmo trazer para dentro de casa conversas sobre o assunto.

Para termos a dimensão do quanto ainda é preciso avançar nesta agenda no mundo corporativo, basta analisar indicadores do mercado. Dados divulgados pela consultoria global, McKinsey, por exemplo, mostram que pouco mais de 30% de mulheres executivas das companhias mundiais têm chances reais de superar cenários adversos dentro das empresas para crescer na carreira. Os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) revelam que aqui no Brasil mais de 7 milhões de mulheres precisaram abandonar suas jornadas de trabalho desde o início da pandemia. O levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT) destaca que em todo o mundo as mulheres ganham, em média, um quinto do salário dos homens – até mesmo as que exercem as mesmas funções e com as mesmas qualificações. O balanço atribui esta diferença a fatores como maternidade, emprego em setores mal remunerados e o peso dos estereótipos de gênero na hora da promoção.

Por trás destes indicadores há a necessidade latente de investir cada vez mais em práticas e políticas de governança e comunicação. Dessa forma, se fortalece o ambiente de trabalho e se revela como é fundamental que a gestão inclusiva saia do discurso e promova a transformação cultural das companhias de forma genuína e sustentável.

Este mês dedicado às mulheres nos faz um convite à discussão sobre a importância de liderar empresas de forma eficiente para estimular o empoderamento feminino e, mesmo diante de um cenário ainda incerto, investir em modelos de gestão mais visionários de forma a influenciar nossas mulheres a serem protagonistas de suas histórias e a não sucumbir diante das turbulências.

Empresa de alma feminina, me orgulha estar à frente de uma marca como o Grupo Sabin, sinônimo de inspiração para o mercado pela gestão que proporciona a elas, com acolhimento, pertencimento e empoderamento.

Nossos indicadores fora da curva chancelam o compromisso de ser uma empresa que incentiva a diversidade, inclusão e o encontro de ideias. São mais de 6.300 colaboradores em todo Brasil, com elas ocupando 77% do quadro funcional e 74% dos cargos de liderança.

Estamos prestes a completar 38 anos de uma trajetória pautada por valores que conduzem essa atuação o universo corporativo.  Nossas práticas vão além da estrutura do Sabin. Também queremos agregar valor ao ecossistema empresarial no qual estamos inseridos, por meio de boas práticas, modelos únicos de atuação. Por isso, recentemente, nos integramos ao programa WE Connect International, estimuladas pelo nosso cliente Johnson & Johnson. Conquistamos também a Certificação Women Business Enterprises (WBE) projeto que incentiva companhias a realizarem negócios com empresas controladas e lideradas por mulheres, ampliando o alcance dos programas de diversidade e inclusão à cadeia de fornecimento.

O engajamento do Grupo Sabin na causa das mulheres está na essência da empresa. Fundada por duas mulheres, Janete Vaz e Sandra Costa, a empresa busca a diversidade em todos os seus negócios. Além disso, somos signatárias dos 7 Princípios de Empoderamento das Mulheres, da ONU Mulheres, desde 2016. Há três anos a empresa está de braços dados com outras companhias e empresários no Movimento Mulher 360, que inspira e influencia a sociedade na construção de um contexto empresarial ético, que valorize a diversidade e o protagonismo feminino.

Outro Movimento que somos co-fundadores e sponsors é o Movimento Impacto: CEOs Pela Diversidade e Inclusão que reúne encontro do propósito de lideranças responsáveis, éticas e inclusivas, que acreditam na importância de construir um legado positivo para a sociedade.

No Grupo Sabin temos uma cultura inclusiva e práticas implantadas há décadas e temos consciência da contribuição que ainda podemos trazer às empresas e empreendedoras, inspirando e investindo em projetos, programas e startups que contribuam para o protagonismo feminino em seus diversos papéis na sociedade. E fortalecer que o lugar da mulher é onde ela quiser estar.

*Lídia Abdalla é Presidente Executiva do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica.