A proteção, no entanto, não deve se resumir a remediar o problema. É preciso investir em pilares como a mudança de cultura e os mecanismos de criptografia, de tal forma a impedir, na medida do possível, a ocorrência de acessos indevidos e eventos adversos.

“Trabalhamos com empresas de missão crítica, como hospitais, que não podem parar suas operações de forma alguma. Então, uma invasão ou sequestro de dados pode ter resultados catastróficos e um impacto direto na saúde dos pacientes. Por isso, é essencial esse olhar para a segurança dos sistemas, a infraestrutura de TI, a mudança de cultura e a prevenção”, afirma Gustavo Mario Darós, Head de Serviços da Flowti.

Na hora de traçar a estratégia para a segurança dos dados, o gestor precisa ter o olhar desde a recepção até os dispositivos médicos que estão alocados na enfermaria, na triagem ou na UTI. Cada ponto vulnerável pode ser a porta de entrada para uma investida maléfica.

Em 2023, um hospital particular no Centro-Oeste do Brasil sofreu com uma investida de hackers, que atacaram usando um ransomware, tipo de vírus que bloqueia o acesso aos dados. Os criminosos, na ocasião, exigiram dinheiro para que não divulgassem os dados sequestrados. Por isso, é essencial estar atento às possíveis ameaças.

Maiores cuidados

Para se ter uma ideia, o setor da saúde é o segundo mais visado pelos hackers no mundo, com mais de 9,7 bilhões de investidas somente em 2023 (Trend Micro). É preciso estar de olho nos principais tipos de investida.

Alguns dos pontos de atenção são o ransomware, que captura e criptografa os dados de uma vítima e exige resgate em troca da chave de descriptografia, a vulnerabilidade da IoT e a própria segurança da nuvem, cada vez mais adotada.

Com a adoção generalizada da computação em nuvem, a segurança dos dados armazenados e processados em servidores remotos é fundamental. Vazamentos de dados na nuvem podem expor informações sensíveis, como os dados pessoais dos pacientes, e levar a outras ações maléficas.

Há, também, ameaças diretas à rede, como os ataques DDoS com redes 5G. A implementação de redes 5G aumenta a capacidade dos ataques distribuídos de negação de serviço (DDoS), tornando-os mais devastadores e difíceis de conter.

O que fazer então?

Em vista de tudo isso, a missão é se preparar em diversas áreas da organização, de ponta a ponta. Segundo a pesquisa TIC Saúde 2022, 76% dos estabelecimentos de saúde afirmaram ter ministrado treinamento sobre segurança da informação para os seus funcionários.

Em outra ótica, tendências como o uso da IA para aprimorar a identificação de ameaças cibernéticas, políticas Zero Trust para a autenticação contínua e a redução de acessos a usuários autorizados, a criptografia pós-quântica e a proteção máxima das identidades podem ajudar na missão de proteger as informações dentro do setor hospitalar.

“Temos um bom número no Brasil, mas o tema da segurança de dados é bastante recente, assim como a nossa legislação. Para isso, o trabalho deve ser constante com ferramentas e treinamentos específicos não apenas para o time de TI, mas para toda a organização”, encerra Darós.

Para mais informações, acesse:
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