O estudo aponta que 71% das instituições investem em marketing e que isso é determinante para atrair novos profissionais, principalmente porque a ausência de estratégias de comunicação eficazes em clínicas e hospitais pode criar barreiras, afastando os pacientes quando eles precisam de serviços médicos. Além disso, 16% têm a intenção de investir em marketing, mas ainda não o fizeram, mesmo sabendo da importância de promover suas clínicas e serviços. Agora com relação ao investimento de marketing e o número de especialistas, proporcionalmente as estratégias avançadas são mais adotadas por instituições maiores, com mais de 50 profissionais, e a ausência de investimento em marketing ocorre em maior proporção em clínicas menores, com dois a quatro profissionais.
Canais mais populares
O relatório também traz insights a respeito dos canais de atuação mais populares. Nesse âmbito, 8 em cada 10 instituições de saúde estão no Instagram, e pelo segundo ano consecutivo este é o canal onde as clínicas e hospitais estão mais presentes. Em seguida, destacam-se o WhatsApp (54%), o site próprio (51%) e o Google Perfil da Empresa (51%). Pela primeira vez desde 2021, o Facebook não ocupa a primeira colocação no ranking e apresenta uma queda de mais de 40%. Os resultados obtidos por meio desses canais são: aquisição de novos pacientes, aumento de receita, visibilidade, retenção de pacientes e reconhecimento da marca.
Dessa maneira, ao garantir qualidade em todas as etapas da jornada dos pacientes, as instituições de saúde acumulam os seguintes benefícios: redução do no-show, engajamento com o tratamento e satisfação com os resultados, maior taxa de retorno, mais indicações do boca a boca, custo por aquisição reduzido, menos dependência de ações de marketing, ticket médio elevado e maior percepção de valor da marca.
Principais desafios
O estudo trouxe também os principais desafios enfrentados pelas instituições de saúde. Dentre eles, destacam-se: aquisição de novos pacientes (33%), ter mais pacientes particulares (33%) e aumentar o faturamento (29%). “Atrair novos pacientes é um dos principais desafios dos profissionais de saúde e a tecnologia pode ser uma grande aliada. Por meio de soluções inovadoras é possível oferecer um atendimento cada vez mais personalizado e humanizado, o que faz toda a diferença nos dias de hoje. Cada vez mais os pacientes estão em busca de praticidade e comodidade no atendimento e, por isso, oferecer agendamentos online, disponibilizar opinião dos pacientes, facilitar a vida deles e entender as suas reais necessidades será um diferencial na hora de escolher um profissional ou clínica médica”, afirma Felipe Rizzo, CEO da Doctoralia.
Telemedicina
O relatório traz também uma análise sobre o uso da telemedicina pelos profissionais de saúde. Nesse caso, 69% dos centros de saúde já oferecem telemedicina. Em comparação com o estudo do ano passado, houve uma leve alta no uso do teleatendimento. “Vale reforçar que esse movimento pode desafogar os atendimentos presenciais, reduzir no-shows e melhorar o acesso em áreas remotas. Além disso, a pressão por competitividade e adaptação tecnológica pode ser um fator decisivo para a popularização das consultas online nos próximos anos”, reforça Rizzo.
Digitalização de serviços
É fato que nos últimos anos temos visto a digitalização de determinados serviços de saúde aumentando cada vez mais. Agendamento e confirmação de consultas são digitais em 64% dos centros de saúde; prescrição vem em seguida, com 45%; pesquisa de satisfação com 40%; pagamento (29%), contato com especialistas (26%), check-in (21%) e histórico clínico do paciente (21%).
Objetivos das clínicas e hospitais
O levantamento reforçou os objetivos das clínicas e hospitais para 2025. Os dois que se sobressaíram foram aumento do faturamento, para 59% dos entrevistados, e aquisição de novos pacientes, para 54%. Em contrapartida, metas relacionadas à eficiência operacional e à experiência do paciente foram escolhidas por menos de um terço da amostra.
Tendências
Outro insight relevante foi com relação às tendências para o próximo ano. Para metade das clínicas e hospitais a palavra chave será humanização. Mas, ainda há alguns impeditivos, já que 72% dos entrevistados nunca mapearam a jornada dos seus pacientes, sendo que isso é essencial para identificar oportunidades de humanização. Além disso, para os ouvintes os dois maiores objetivos estão mais relacionados à rentabilidade, como aumento do faturamento e aquisição de novos pacientes.
“Diante desse cenário, a preocupação em oferecer uma jornada de qualidade ao paciente ainda parece ser um mero discurso. Para que a tendência se concretize, precisamos estimular mudanças de mentalidade, de hábitos e de comportamento na gestão da saúde. Outra controvérsia é que, embora apenas 20% da amostra tenha o objetivo de investir em tecnologia, as tendências associadas ao tema tiveram bastante relevância. Nesse contexto, é importante reconhecer que, apesar da dualidade percebida entre humanização e tecnologia, ambas estão diretamente relacionadas. Dessa maneira o futuro da saúde será tão humano quanto às ações que tomamos hoje, já que as clínicas e os hospitais serão tão prósperos e sustentáveis quanto sua dedicação em colocar os pacientes no centro”, finaliza Rizzo.
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