Tratar desse tema é urgente: apenas no Brasil, sexto país em maior incidência de diabetes no mundo, é estimado que até 2045 o número de casos possa chegar em 23,2 milhões[1].

O crescente número de pacientes também traz problemas aos sistemas de saúde. De acordo com a décima edição do Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), os gastos globais com saúde relacionado à doença passaram de US$ 232 bilhões a US$ 966 bilhões entre 2007 e 2021, considerando adultos com idade entre 20 e 79 anos[1]. Em 2021, o Brasil ficou em terceiro entre os países com maior índice de gastos com saúde relacionados ao diabetes, com US$ 42,9 bilhões (cerca de R$ 209,7 bilhões)[1].

Além disso, por se tratar de uma doença, na maioria das vezes, silenciosa em estágios iniciais, muitas pessoas descobrem o diagnóstico em fases mais avançadas[2]. Estima-se que 31,9% de brasileiros não sabem que convivem com o DM2, sendo o oitavo país do mundo com maior número de subdiagnósticos.

Como consequência, as pessoas não diagnosticadas e que têm diabetes são propensas a usarem mais os serviços de saúde, já que o descontrole da doença aumenta a probabilidade de complicações, e consequentemente sobrecarregam todo o sistema de saúde[1]. Por ter interrelação com doenças renais e cardiovasculares[3], o paciente com diabetes, quanto maior o tempo sem diagnóstico, maior o risco de desenvolver complicações. Dados indicam que dois em cada cinco pacientes com DM2 irão desenvolver doença renal crônica[4], e têm dez vezes mais o risco de desenvolver doenças cardiovasculares durante sua vida[5].

“Profissionais e gestores de saúde têm o papel de estarem atualizados e engajados em, cada vez mais, adotarem a prática de uma medicina preditiva e que ajude os pacientes com diabetes tipo 2 nos desafios que enfrentam diariamente. As pessoas que convivem com o diabetes precisam de monitoramento contínuo, a fim de controlar a condição e postergá-la, ou até mesmo evitar complicações da doença. Por meio da realização de exames de controle e rastreamento, danos ao funcionamento dos rins e do coração, por exemplo, podem ser evitados”, afirma Karina Fontão, diretora médica executiva da AstraZeneca Brasil.

O Atlas também traz visibilidade para o cenário do DM2 entre jovens no mundo, e as maiores estimativas de prevalência se apresentam no Brasil e no México, consecutivamente[1]. Indica-se, ainda, que populações com alta prevalência e incidência de diabetes tipo 2 abaixo dos 20 anos de idade apresentam maior risco da doença entre adultos[1]. Além de predisposição genética, fatores socioeconômicos, acesso a cuidados de saúde e práticas culturais também podem interferir no risco, ainda na juventude, de surgimento do diabetes tipo 2[1].

“Por meio da compreensão da interrelação entre as doenças que permeiam a jornada cardiometabólica do paciente, a AstraZeneca tem o compromisso com soluções que contribuam para um diagnóstico precoce e para uma mudança de prática médica, que mude a vida desses pacientes. É importante que os pacientes saibam que o DM2 é uma doença crônica, que muitas vezes pode ser prevenida por meio de atividade física e planejamento alimentar, mas que uma vez diagnosticada, precisa ser tratada”, finaliza Fontão.

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Referências

[1] International Diabetes Federation. IDF Diabetes Atlas 10th Edition 2021. Acesso em 7 de junho de 2023.

[2] Ministério da Saúde. Diabetes mellitus tipo 2. Disponível em https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/resumidos/pcdt_resumido_diabete-melito_tipo2.pdf . Acesso em 7 de junho de 2023.

[3] Birkeland K, Bodegard J, Eriksson J, et al. Cardiorrenal disease is the most commom first CV manifestation in type 2 diabetes and associated with increased mortality: a large multinational observational study. Presented at: European Association for the Study of Diabetes 55th Annual Meeting, September 16-20, 2019, Barcelona, Spain. Abstract, 126.

[4] https://adr.usrds.org/2020/chronic-kidney-disease/1-ckd-in-the-general-population

[5] Stracuse et al.The Pathogenesis of Diabetic Atherosclerosis, Diabetes and Peripheral Vascular Disease: Diagnosis and Management, Contemporary Diabetes 2012.