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JPR 2023
Egde Computing na Radiologia: Virada na maré da cloud?
Jean Carlo Berni, CEO da Animati netPACS, uma das empresas em destaque na JPR 2023, analisa como as soluções híbridas podem beneficiar as operações de telerradiologia.
Jean Carlo Berni
A popularização das tecnologias para hospedagem de sistemas em nuvem trouxe avanços significativos em termos de escalabilidade e descentralização para o processamento e armazenamento de dados. No universo das soluções para gestão de imagens diagnósticas, é crescente a adoção de arquiteturas cloud (público ou privada) e/ou abordagens on-premise híbridas.
Ao levarmos a massa de dados para a nuvem, surgem desafios que precisam ser endereçados, com vistas à redução de custos e ao aumento da performance das aplicações. Em se tratando de imagens médicas, é sabido que o workload para processamento está associado a custos elevados. São terabytes de dados/imagens produzidos pelos modernos equipamentos que aumentam a qualidade e o volume ano a ano.
Para tentar extrair o melhor dos dois mundos, cloud e on-premise, surgem abordagens híbridas com Edge Computing, que é uma arquitetura de computação distribuída que visa realizar o processamento de dados e a execução de serviços o mais próximo possível dos dispositivos que geram esses dados. O processamento ocorre “na borda” da rede, próximo ao ponto de origem dos dados, ao invés de em servidores distantes. A ideia é reduzir a latência e o tempo de resposta, diminuir a sobrecarga de dados na rede e fornecer um melhor desempenho em tempo real para aplicativos e serviços.
A solução híbrida pode ser uma combinação ideal, superando as limitações das abordagens de arquitetura PACS que são totalmente on-premise ou totalmente em nuvem. Com esse design, é possível ter uma lógica de armazenamento contínuo que mantém as imagens mais recentes localmente e, ao mesmo tempo, realiza uma cópia destas para a nuvem. Esse arranjo possibilita o acesso com baixa latência em conjunto com o armazenamento redundante cloud. Os dados mais acessados, ou seja, os mais recentes, podem ser processados e consumidos sem precisar trafegar pela internet. Abaixo, podemos visualizar uma arquitetura de solução híbrida que traz a maior parte da carga de processamento para dentro da instituição de saúde.
Qual é a melhor abordagem, totalmente cloud ou híbrida?
Depende.
A escolha entre a abordagem híbrida ou totalmente cloud depende do tipo de cenário e das necessidades da organização. Operações de telerradiologia podem se beneficiar mais de abordagens totalmente em nuvem, pois a manipulação dos dados ocorre distante de sua origem, enquanto clínicas e hospitais podem ter melhor resultado com uma abordagem híbrida, que combina o processamento local com o armazenamento e outros serviços complementares na cloud.
A adoção de soluções híbridas com Edge Computing é uma tendência em crescimento que busca extrair um melhor equilíbrio entre custo e desempenho. Em cenários pressionados pela redução de custos operacionais, a escolha da arquitetura deve levar em consideração estes fatores, que são cruciais para a sustentabilidade dos centros de diagnóstico por imagens.
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Jean Carlo Berni é CEO da Animati netPACS.
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