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Evento

Einstein e IHI promovem 7º Fórum Latino-Americano de Qualidade e Segurança na Saúde

Evento abordará a importância da tomada de decisões nas instituições de saúde com olhar para questões ESG

De 12 a 15 de setembro, o Einstein e o IHI (Institute for Healthcare Improvement) realizarão o Fórum Latino-Americano de Qualidade e Segurança na Saúde. Em sua sétima edição, o evento busca debater a sustentabilidade no setor de saúde, com foco na importância da tomada de decisões nas instituições de forma integrada nas dimensões ambiental, social e governança de operação.

Neste ano, pela primeira vez, a temática escolhida versa sobre equidade na saúde. O encontro irá debater, em seus diferentes painéis e palestras, como as organizações podem responder de forma mais assertiva aos desafios de gestão da saúde no que tange à ampliação do acesso da população aos serviços de alta qualidade, da atenção primária à quaternária, tornando-os mais inclusivos, e sobre a redução de disparidades na assistência à saúde.

As principais iniquidades em saúde estão relacionadas à idade, trabalho, renda, habitação, gênero, raça/etnia, deficiência e orientação sexual. “A equidade na saúde implica que, idealmente, todos os indivíduos devam ter uma oportunidade de acesso à saúde de qualidade. Por isso, é tão importante debater o acesso e a inclusão, tratando, por exemplo, do atendimento humanizado, qualidade e segurança na assistência à saúde da pessoa com deficiência intelectual, protocolos essenciais para assistência à saúde da população LGBTQIA+, sobre ESG e nutrição e muitos outros pontos”, ressalta Miguel Cendoroglo Neto, diretor-superintendente médico e de serviços hospitalares do Einstein. “Por isso, o conceito de equidade é legítimo no setor de saúde e consistente com as práticas de ESG”, diz.

Para os painéis com esse foco, o Fórum receberá Olesya Vynnyk, que falará sobre o atendimento a populações vulneráveis com foco na resposta médica na Ucrânia; Nelzair Araujo Vianna, da Fiocruz, para abordar as alterações climáticas e seus efeitos na saúde; Arthur Lima, do AfroSaúde, e Katya Hemelrijk, do Talento Incluir, em rodas interativas sobre LGBTQIA+, etnias e PCDs.

Mudanças climáticas e o impacto à saúde

Outro viés importante em debate durante o fórum será o impacto das mudanças climáticas na saúde. O desequilíbrio do clima afeta as pessoas seja com doenças associadas ao aumento de temperatura ou com os impactos que traz na produção de alimentos, a qualidade e disponibilidade de água, poluição do ar, além da disseminação de vetores de doenças.

“Os riscos à saúde associados às mudanças climáticas variam muito nas regiões ao redor do mundo, mas os impactos, contudo, são maiores para os indivíduos ou grupos mais vulneráveis. Quando ocorre um evento climático extremo, há também uma desestruturação do sistema de saúde, normalmente em regiões mais vulneráveis, e isso implica em redução de atendimentos assistenciais. Por isso, a equidade de acesso à saúde é fundamental”, diz Miguel.

Para se ter uma ideia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já considera o aquecimento global uma ameaça ao bem-estar global, tendo, inclusive, publicado um documento no final do ano passado apontando que mais de 5,5 milhões de mortes poderiam ser evitadas por ano se o mundo conseguisse reduzir suas emissões aos níveis recomendados.

Ainda de acordo com a agência internacional, há ao menos nove riscos para a saúde causados pelo aquecimento global, entre eles o aumento de problemas respiratórios e de casos de diabetes, hipertensão e obesidade, decorrentes do maior consumo de comidas processadas causado pela escassez de alimentos saudáveis — o que faz com que essa conta possa representar um custo direto para a saúde entre 2 e 4 bilhões de dólares por ano a partir de 2030.

De acordo com Guilherme Schettino, diretor do Instituto Israelita de Responsabilidade Social no Einstein, “é preciso discutir (e aplicar) um trabalho imediato para mitigar e atingir metas de redução de emissão para conter o aquecimento global. Quando olhamos os impactos do homem ao meio ambiente, pensamos que talvez tenhamos passado do ponto de não-retorno, que já não seja mais possível reverter o cenário ambiental de hoje. É justamente por isso que precisamos falar sobre esse assunto”, destaca. “E nós assumimos a dianteira desse debate, pois temos a consciência do papel do Einstein com um dos maiores centro de saúde do Brasil tanto na esfera privada quanto na pública”, afirma.

O Einstein vem trabalhando há mais de duas décadas na implementação de ações para tornar suas atividades mais sustentáveis, sendo signatário do Pacto Global da ONU. A versão do Plano Diretor de Sustentabilidade (PDS) 2021-2025 da organização se coloca em linha com os critérios ESG, com o objetivo de melhorar continuamente o desempenho de segurança e ambiental da organização, eliminando riscos de eventos adversos a pacientes, colaboradores e terceiros; reduzindo progressivamente o impacto das operações sobre o meio ambiente; e neutralizando as emissões de gases de efeito estufa a partir de 2030.

Os interessados em participar do evento podem se inscrever neste link.

 

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