EDIÇÃO DIGITAL

Perspectiva

Perfil do Paciente Digital

Pesquisa da Doctoralia mostra que a nova era da saúde, impulsionada pela tecnologia avançada, está moldando o surgimento do paciente 6.0

Desde que a internet se consolidou como principal plataforma de comunicação da sociedade, existe uma discussão global sobre como o uso constante da rede gera impactos no comportamento de consumo. O setor de saúde também é impactado pelas influências digitais: o uso massivo da web está gerando uma nova geração de pacientes.

Prova disso é o fato de que 40% dos consumidores afirmam que as informações encontradas no ambiente digital e nas redes sociais afetam a forma como lidam com a sua saúde, e 80% dos pacientes escolhem um especialista com base em avaliações online. As pessoas que vão aos consultórios hoje têm um perfil distinto daquelas que eram atendidas há 20 ou 30 anos.

Essas informações estão na pesquisa “Perfil do Paciente Digital”, realizada pela Doctoralia. Maior plataforma de saúde do mundo, a empresa alcançou mais de 26 milhões de usuários únicos por mês em 2023.

O estudo mostra que 90% dos pacientes buscam informações sobre saúde na internet. Hoje, é comum que os pacientes já cheguem munidos de informações obtidas em pesquisas e saibam até alguns detalhes sobre os sintomas e os meios de tratamento de sua condição. Essa nova postura implica em mudanças para o setor de saúde: é preciso saber como lidar com essa nova geração de pacientes – que é muito mais conectada e informada em relação aos conhecimentos médicos – e como prestar um atendimento alinhado aos seus anseios e expectativas.

O termo “paciente digital” se refere às pessoas que fazem uso de serviços de saúde e, ao mesmo tempo, estão inseridas em um contexto de alta conexão com a internet e uso de dispositivos tecnológicos. A “construção” do paciente digital é, na verdade, uma somatória de hábitos que foram adotados conforme as pessoas passaram a ter acesso simplificado às informações sobre a saúde.

Isso fica claro quando olhamos para a quantidade de sites disponíveis e também para o avanço de recursos como, por exemplo, aplicativos que monitoram a saúde e dispositivos móveis que conseguem analisar a quantidade de exercícios físicos, os batimentos cardíacos etc. Contudo, ao mesmo tempo que a tecnologia forneceu insumos para que as pessoas se tornassem mais engajadas e preocupadas com saúde e bem-estar, o excesso de informação disponível na rede também gerou um enorme contingente de pacientes que chegam ao consultório munidos de informações erradas, fake news e dados superficiais.

Quem é profissional da área da saúde sabe que a frase “eu li no Google” é sempre um ponto delicado. Afinal, certos pacientes enxergam as fontes da internet como verdades absolutas e indiscutíveis, sendo que algumas confiam mais nos sites do que na orientação feita pelo profissional de saúde.

Em resumo: o paciente digital é mais preocupado com a saúde devido à proximidade e ao uso massivo de soluções tecnológicas, mais interessado com temas de bem-estar e cuidados, mas, por outro lado, é mais suscetível à desinformação. Vale ressaltar que esse perfil e esses comportamentos não são “pontos fora da curva”. Estamos falando de hábitos que estão ditando os tempos atuais. Portanto, é imprescindível entender essas mudanças na sociedade e se adaptar a elas para continuar oferecendo uma jornada de qualidade para seus pacientes.

Idade

Em se tratando de faixa etária, dois pontos importantes se destacam: no período de 2018 a 2023, percebe-se que o número de usuários mais jovens, entre 18 e 24 anos, aumentou de 11% para 22,5%. E o número de usuários com 65+ duplicou de 3% para 6,1%. Isso mostra uma maior digitalização nessas faixas de idade, muito por conta da transformação digital impulsionada pela pandemia de covid-19.

Gênero

Em 2018, as mulheres representavam 76% dos usuários, e os homens, apenas 24%. Nesse espaço amostral de 5 anos, nota-se um maior interesse por parte dos homens nos cuidados com a saúde: eles agora representam 35,6% dos usuários.

Localização

O ritmo de vida mais acelerado de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, respectivamente, coloca-as no top 3 das cidades mais frequentes nas localizações dos pacientes, o que representa um maior uso da internet para resolver os assuntos do dia a dia, especialmente com dispositivos móveis.

Paciente 6.0 e novas estratégias digitais

Quando analisado o avanço do setor da saúde, é possível considerar que ainda há espaço para muitas outras inovações. Por conta disso, a área está caminhando para o surgimento do conceito de paciente 6.0, sendo este um perfil cada vez mais exigente e ávido por soluções personalizadas e atendimento mais próximo, unindo os canais online e offline. Diante de tantas mudanças e desafios, como as instituições de saúde e os médicos conseguem fidelizar o novo perfil de paciente?

Segundo o estudo da Doctoralia, é importante ter um canal exclusivo para realizar a comunicação com os pacientes. Por meio de WhatsApp, e-mail e SMS, é possível enviar informações sobre tratamentos, agendamento de consultas e comunicados importantes, além de oferecer orientações personalizadas. Isso quebrará uma barreira física com o profissional, trazendo-o para mais perto do paciente. De acordo com a 4ª edição do Panorama das Clínicas e Hospitais desenvolvido pela Doctoralia, os dois canais mais populares para o agendamento de consultas são telefone (90%) e WhatsApp (82%).

Outro ponto fundamental é diminuir o tempo de espera nas instituições de saúde. Nesse caso, o uso da tecnologia pode ser uma grande aliada para controlar a agenda dos médicos e avisar sobre possíveis atrasos e tempo de espera estimado, tornando esse processo mais transparente. Isso vai ajudar a melhorar a satisfação dos pacientes e diminuir o número de reclamações.

Um fator também determinante na jornada do paciente é o uso da inteligência artificial no diagnóstico médico. Por meio da tecnologia, é possível identificar e tratar doenças, aumentando a eficiência e a precisão nos diagnósticos. Além disso, a IA permite que sejam analisadas uma grande quantidade de dados e identificados padrões que podem passar despercebidos pelos médicos. Isso com certeza vai ajudar a personalizar o tratamento e, consequentemente, melhorar a experiência dos pacientes.

Por fim, é importante ressaltar que a era do paciente 6.0 já está se aproximando. As instituições de saúde e os médicos devem se preparar para continuar inovando e, mais do que isso, utilizar as soluções tecnológicas para resolver possíveis gargalos a fim de melhorar o sistema de saúde como um todo, tornando o atendimento cada vez mais humanizado.

Acesse a pesquisa completa em:
https://pro.doctoralia.com.br/recursos-gratuitos

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